CEV- 18-01-21
ESE - Cap. XIII – QUE A MÃO ESQUERDA
NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREIRA.[1]
Item
11 – A beneficência.[2]
A
beneficência, meus amigos, dar-vos-á neste mundo as mais puras e suaves
alegrias, as venturas do coração, dessas que nunca perturbadas, nem pelo
remorso, nem pela indiferença. Oh, pudésseis compreender tudo quanto encerra de
grandioso e deleitável a generosidade das belas almas, esse sentimento que
manda olhar os outros tal como se olha para si mesmo, e nos ordena despir para
jubilosamente vestir o nosso irmão! Pudésseis, meus amigos, não ter mais bela
ocupação que essa de exercer o bem! Quais são as festas mundanas que podereis
comparar a essas alegres festividades, quando, como representante da Divindade,
levais o júbilo a pobres famílias que na vida só conhecem vicissitudes e amarguras?
Quando vísseis esses rostos fanados irradiarem de esperança, porque não tinham
pão, esses infelizes e seus filhos, ignorando que viver é sofrer, gritando,
chorando e repetindo estas palavras que penetram como setas no coração
maternal: “ Tenho fome”, oh, imaginai como não serão deliciosas as impressões daquele
que vê renascer a alegria ali onde um momento antes só existia o desespero!
Compreendei quais são as vossas obrigações para com os vossos irmãos. Ide ao
encontro do infortúnio. Correi em socorro da miséria oculta, que é a mais
dolorosa. .Ide, meus queridos, e recordai-vos das palavras de Jesus: “Quando
vestirdes um destes pequeninos, lembrai-vos que é a mim que o fazeis”.
Caridade,
sublime palavra que resume todas as virtudes, és tu que hás de conduzir os
povos à felicidade! Praticando-te, eles criarão venturas eternas para o futuro,
e, durante o seu exílio na Terra, tu serás a sua consolação, o antegozo das
alegrias que mais tarde desfrutarão quando se enlaçarem todos justamente no seio
de Deus de amor. Foste tu, ó virtude divina, que me proporcionastes fruir na
Terra meus irmãos encarnados crer na voz do amigo que que agora lhes fala e
lhes afirma: é na caridade que deveis buscar a paz do coração, o contentamento
da alma,, o bálsamo para as aflições da vida! Quando fechar os olhos, quando a morte
o procurar! Quantos benefícios existem por fazer! Não vos lamenteis, mas, ao
contrário, agradecei a Deus e prodigalizai a macheias simpatia, amor, dinheiro
a todos quantos, deserdados dos bens do mundo, definham no sofrimento e na
desolação. Haveis de aqui conquistar bem santas alegrias, e mais tarde...só
Deus o sabe! (Adolphe, bispo de Alger, 1861).[3]
BENEFICÊNCIA.[4]
[...]
A beneficência coletiva tem vantagem incontestáveis e, bem longe de desestimulá-la,
nós a encorajamos. Nada mais fácil do que praticá-la em grupos, recolhendo por
meio de cotizações regulares ou de donativos facultativos os elementos de um
fundo de socorro. [...] (103, cap. 21).
A
beneficência praticada sem ostentação tem duplo mérito. Além de ser caridade
material, é caridade moral, visto que resguarda a suscetibilidade do beneficiado,
faz-lhe aceitar o benefício, sem que seu amor-próprio se ressinta e salvaguardando-lhe
a dignidade de homem, porquanto aceitar um serviço é coisa bem diversa de
receber uma esmola. [...] (105, cap. 13, it. 3).
A
beneficência é auxiliar da filantropia, sua irmã gêmea. [...][5]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 595.
[2]
Idem, item 3 -pp. 599/600.
[3]
Idem.
[4]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 91.
[5]
Idem.
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