segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

A virtude

 

CEV- 04-01-21

ESE - Cap. XVII – SEDES PERFEITOS.[1]

Caracteres da perfeição – O homem de bem – Os bons espíritas – Parábola do semeador – Instruções dos Espíritos: O dever – A virtude – Superiores e inferiores – O homem no mundo – Cuidar do corpo e do espírito.

Item 8 – A virtude.[2]

A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas falhas morais, que as deslustram e enfraquecem. Aquele que faz alarde de sua virtude não é virtuoso, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia, e sobra-lhe o vício mais oposto: o orgulho. A virtude realmente digna desse nome não gosta de exibir-se. Temos de adivinhá-la, mas ela se esconde na sombra, foge à admiração das multidões. Vicente de Paulo era virtuoso; o Cura d’Ars era virtuoso, e muitos outros quase desconhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que fossem virtuosos; deixavam-se ir ao sabor de suas inspirações e praticavam o bem como desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmos.

E para essa virtude, assim compreendida e praticada, que eu vos convido, meus filhos. Para essa virtude realmente cristã e verdadeiramente espírita, que eu vos convido a consagra-vos. Afastai-vos, porém de vossos corações de tudo o que seja orgulho, vaidade, amor-próprio, que sempre desadornam as mais belas qualidades. Não imiteis  homem que se apresenta como modelo e trombeteia ele próprio suas qualidades a todos os ouvidos complacentes. A virtude que assim se ostenta esconde muitas vezes uma imensidade de pequenas torpezas e de odiosas covardias.

O homem que se exalta a si mesmo, que eleva estátuas à sua própria virtude, em princípio aniquila, por essa única razão, todos os méritos que efetivamente podia ter. E que direi daquele cujo valor se reduz a parecer o que não é? Quero admitir que aquele que faz o bem sente no fundo de seu coração uma satisfação íntima; mas desde que esta se exteriorize para receber elogios, degenera em amor-próprio.

Oh, vós todos, a quem a fé espírita reanimou com os seus raios, e que sabeis quanto o homem se encontra longe da perfeição, jamais vos entregueis a essa estultícia! A virtude é uma graça, que desejo para todos os espíritos sinceros; dir-lhes-ei entretanto: mais vale menos virtude com modéstia, que muita com orgulho. Pelo orgulho as humanidades sucessivas se perderam e pela humildade devem ser um dia redimidas. (François-Nicolas-Medeleine, Paris, 1863).[3]

 

VIRTUDE.[4]

Compreendeis o que era a virtude que saía de Jesus. Eram os fluídos que, por ato de sua vontade e do seu poder magnético, ele dirigia sobre os doentes e notadamente sobre os que dele se aproximavam. (182, v. 2).

[...] não é uma voz que fala, e, sim, um poder que irradia. (232, cap. 10).[5]

 

ALTERNATIVA PARA A PROJEÇÃO.[6]

Deus criou Seus Filhos estendendo o Seu Pensamento e retendo as extensões do Seu Pensamento em Sua Mente. Todos os Seus Pensamentos são assim perfeitamente unidos entre si e em si mesmos. O Espírito Santo te capacita a perceber essa integridade agora. Deus te criou para criar. Não podes estender o Seu Reino enquanto não conheceres a sua integridade.[7]



[1] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 620.

[2] Idem, item 8 - p. 624.

[3] Idem, p. 624.

[4] O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. – 5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 900.

[5] Idem, p.900.

[6] Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição em língua portuguesa, pp. 104. A primeira edição foi em 1976 – título original: A Course in Miracles.

 

[7] Idem, p. 104.

 

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