CEV- 04-01-21
ESE - Cap. XVII – SEDES
PERFEITOS.[1]
Caracteres da
perfeição – O homem de bem – Os bons espíritas – Parábola do semeador –
Instruções dos Espíritos: O dever – A virtude – Superiores e inferiores
– O homem no mundo – Cuidar do corpo e do espírito.
Item
8 – A virtude.[2]
A
virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que
constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são
qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas
falhas morais, que as deslustram e enfraquecem. Aquele que faz alarde de sua
virtude não é virtuoso, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia, e
sobra-lhe o vício mais oposto: o orgulho. A virtude realmente digna desse nome
não gosta de exibir-se. Temos de adivinhá-la, mas ela se esconde na sombra,
foge à admiração das multidões. Vicente de Paulo era virtuoso; o Cura d’Ars era
virtuoso, e muitos outros quase desconhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus.
Todos esses homens de bem ignoravam que fossem virtuosos; deixavam-se ir ao
sabor de suas inspirações e praticavam o bem como desinteresse completo e
inteiro esquecimento de si mesmos.
E
para essa virtude, assim compreendida e praticada, que eu vos convido, meus
filhos. Para essa virtude realmente cristã e verdadeiramente espírita, que eu
vos convido a consagra-vos. Afastai-vos, porém de vossos corações de tudo o que
seja orgulho, vaidade, amor-próprio, que sempre desadornam as mais belas
qualidades. Não imiteis homem que se apresenta
como modelo e trombeteia ele próprio suas qualidades a todos os ouvidos
complacentes. A virtude que assim se ostenta esconde muitas vezes uma
imensidade de pequenas torpezas e de odiosas covardias.
O
homem que se exalta a si mesmo, que eleva estátuas à sua própria virtude, em
princípio aniquila, por essa única razão, todos os méritos que efetivamente podia
ter. E que direi daquele cujo valor se reduz a parecer o que não é? Quero
admitir que aquele que faz o bem sente no fundo de seu coração uma satisfação
íntima; mas desde que esta se exteriorize para receber elogios, degenera em
amor-próprio.
Oh,
vós todos, a quem a fé espírita reanimou com os seus raios, e que sabeis quanto
o homem se encontra longe da perfeição, jamais vos entregueis a essa
estultícia! A virtude é uma graça, que desejo para todos os espíritos sinceros;
dir-lhes-ei entretanto: mais vale menos virtude com modéstia, que muita com
orgulho. Pelo orgulho as humanidades sucessivas se perderam e pela humildade
devem ser um dia redimidas. (François-Nicolas-Medeleine, Paris, 1863).[3]
VIRTUDE.[4]
Compreendeis
o que era a virtude que saía de Jesus. Eram os fluídos que, por ato de sua
vontade e do seu poder magnético, ele dirigia sobre os doentes e notadamente
sobre os que dele se aproximavam. (182, v. 2).
[...]
não é uma voz que fala, e, sim, um poder que irradia. (232, cap. 10).[5]
ALTERNATIVA
PARA A PROJEÇÃO.[6]
Deus
criou Seus Filhos estendendo o Seu Pensamento e retendo as extensões do Seu
Pensamento em Sua Mente. Todos os Seus Pensamentos são assim perfeitamente
unidos entre si e em si mesmos. O Espírito Santo te capacita a perceber essa
integridade agora. Deus te criou para criar. Não podes estender o Seu Reino
enquanto não conheceres a sua integridade.[7]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 620.
[2]
Idem, item 8 - p. 624.
[3]
Idem, p. 624.
[4]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 900.
[5]
Idem, p.900.
[6]
Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação
Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição
em língua portuguesa, pp. 104. A primeira edição foi em 1976 – título original:
A Course in Miracles.
[7]
Idem, p. 104.
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