CEV- 14-01-21
ESE - Cap. V – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS.[1]
Justiça das aflições –
Causas atuais das aflições – Causas anteriores das aflições – Esquecimento do
passado – Motivos da resignação – O suicídio e a loucura – Instruções dos
Espíritos: Bem sofrer e mal sofrer – O mal e o remédio – A felicidade não é
deste mundo – Perda de pessoas amadas e mortes prematuras – Um homem de bem
teria morrido – Os tormentos voluntários – A verdadeira desgraça – A melancolia
– Provas voluntárias e verdadeiro cilício – Dever-se-á por um termo às
provações do próximo? – Dever-se-á abreviar a vida de um doente sem esperança
de cura? Sacrifício da própria vida – Proveito dos sofrimentos por outrem.
Item 3 – Justiça das aflições.[2]
A compensação que Jesus promete
aos aflitos da Terra, não poderá ter lugar senão na vida futura. Sem a certeza
do porvir, tais máximas não teriam sentido ou, mais ainda, seriam um engodo.
Mesmo com essa certeza, compreende-se dificilmente a utilidade de sofrer para
ser feliz. Diz-se que é para haver mais mérito. Mas então se pergunta por que
uns sofrem mais do que outros; por que uns nascem na miséria e outros na
opulência, sem nada terem feito para justificar essa posição; por que para uns
nada dá certo, enquanto para outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os
males sejam tão desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; e que os
homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam. A fé no futuro pode
consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem
desmentir a justiça de Deus.
Entretanto, desde que se admite
Deus, não o concebemos sem ser infinito nas suas perfeições: deve ser todo
poder, todo justiça, todo bondade, sem o que não seria Deus. E se é
soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosa nem parcialmente. As
vicissitudes da vida têm, pois, uma causa: desde que Deus é justo, há de ser
justa essa causa. Isto o de que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos
ensinamentos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e hoje,
julgando-os suficientemente a referida causa, por meio do Espiritismo, que
dizer: pela palavra dos Espíritos.[3]
AFLIÇÃO.[4]
[...] as aflições
constituem fenômenos normais da maquinaria em que se transita, projetando para
a realidade as construções mentais e emocionais edificadas. (75, O sofrimento).
Aflição, na essência, é o
reflexo intangível do mal forjado pela criatura que a experimenta, e todo mal
representa vírus da alma, suscetível de alastrar-se ao modo de epidemia
mental devastadora. (219, Sê um reflexo do Cristo).[5]
DEUS OU O EGO.[6]
Ou Deus é insano ou o ego é
insano. Se examinares a evidência dos dois lados de maneira justa, reconhecerás
que isso tem que ser verdadeiro. Nem Deus nem o ego propõem um sistema de
pensamento parcial. Cada um é internamente consciente, mas ambos são
diametralmente opostos em todos os aspectos, de forma que uma fidelidade
parcial é impossível. Lembra-te, também, que os seus resultados são tão
diferentes quanto os seus fundamentos e que as suas naturezas fundamentalmente
irreconciliáveis não podem ser reconciliadas por hesitações entre um e outro.
Nada que vive deixa de ter um pai, pois a vida é criação. Portanto, a tua
decisão é sempre uma resposta para a questão:” Quem é o meu pai?” E serás fiel
ao pai que escolheres.[7]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 550.
[2]
Idem, item 4 - p. 550.
[3]
Idem,
[4]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 29.
[5]
Idem, p. 30.
[6]
Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação
Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição
em língua portuguesa, p. 205 . A primeira edição foi em 1976 – título original:
A Course in Miracles.
[7]
Idem.
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