CEV- 25-01-21
ESE - Cap. XX – TRABALHADORES
DA ÚLTIMA HORA.[1]
Instruções
dos Espíritos; os últimos serão os primeiros – missão dos Espiritas – trabalhadores
do Senhor
Item
3 – Os últimos serão os primeiros.[2]
Jesus
empregava a simplicidade dos símbolos e, na sua varonil linguagem, os
trabalhadores chegados à primeira hora eram os profetas – Moisés e todos os
iniciadores que assinalaram estações de progresso, continuadas através dos
séculos pelos apóstolos, mártires, sacerdotes da igreja, sábios, filósofos, e
finalmente os espíritas. Estes, os últimos chegados, foram anunciados e
preditos na aurora messiânica, e receberão a mesma recompensa. Que digo eu? Muito
maior recompensa. Últimos chegados, os
espíritas aproveitam os labores intelectuais de seus antecessores, porque o
homem deve herdar do homem, de vez que os seus trabalhos e resultados são coletivos.
Deus abençoa a solidariedade. Muito deles revivem hoje, ou renascerão amanhã
para acabar a obra que começaram outrora. Mais de um patriarca, de um profeta,
de um discípulo de Cristo, de um pregador da fé, se encontram no meio deles,
porém melhor esclarecidos e adiantados, trabalhando, não mais na base, senão no
zimbório do edifício. O seu salário será proporcional ao seu mérito na obra.
A
reencarnação, este belo dogma, esclarece e eterniza a filiação espiritual. O
Espírito, quando chamado a prestar contas do seu mandato terrestre, compreende
a continuidade da tarefa interrompida, mas sempre recomeçada. Vê e percebe
haver alcançado o voo do pensamento dos seus antecessores e entra na lição
munido de experiência para avançar ainda mais. Todos os trabalhadores, quer da
primeira como da última hora, de olhos bem fixos na profunda justiça de Deus,
em vez de se lamentarem, passam a adorá-lo.
Tal
é um dos verdadeiros sentidos dessa parábola, que encerra, como todas as que
Jesus dirigiu ao povo, o embrião do futuro, bem assim, na forma e nas suas
imagens, a revelação desta magnífica unidade que harmoniza as coisas do universo
e desta solidariedade que liga todos os seres no passado e no futuro. (Henrique
Heine, Paris, 1863).[3]
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