Durante
muito tempo fiquei imaginando como seria possível justificar cientificamente a
capacidade de locomoção e transposição do espírito em detrimento da matéria como está posta no Livro dos Espíritos, da seguinte forma: pergunta de número 90:
o espírito que se transporta de um lugar para o outro tem noção da distância
que percorre e dos espaços que atravessa? Ou é subitamente transportado ao
lugar onde deseja ir? – A resposta foi: Ocorre uma e outra coisa. Desde
que o queira, pode o Espírito inteirar-se da distância que percorre; mas também
essa distância pode desaparecer de todo, dependendo isso da sua vontade, bem
assim da sua natureza mais ou menos depurada.
Mais
adiante, a pergunta de número 91:
A matéria constitui obstáculo para o espírito? – A resposta foi: Não;
ele passa através de tudo: o ar, a terra, as águas, o próprio fogo, tudo lhe é
igualmente acessível.
Pois
bem, estas respostas para a época em que foram dadas
atendia ao conhecimento científico dominante. Todavia, com o passar dos anos e
dos séculos, ficaram apenas para crença pessoal de cada espirita. Era
preciso mais para ser ciência. E como se não bastasse, convencer a comunidade
científica, apenas com estes argumentos, considerando que as resposta foram dadas por espíritos, não seria suficiente às exigências da ciência.
Diante
deste paradoxo, a ciência através das experiências produzidas por uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine,
os laboratórios HRL e o California
Institute of Technology anunciaram ter desenvolvido o que seria o metal mais leve do mundo, cerca de 100
vezes mais leve que o isopor. A descoberta vai ser detalhada em estudo
publicado na 'Science'. Isto demonstra que temos muito a aprender ainda - mas, os primeiros sinais começam a surgir - como no ano de 1857.
Após a descoberta acima, outra equipe de
pesquisadores, informaram que os Neutrinos,
partículas elementares da matéria, voltaram a se mostrar mais velozes que a luz em novos testes
realizados sobre 730 km entre Suíça e Itália, informou nesta sexta-feira
(18/11/2011) o Centro Nacional Francês de
Pesquisa Científica (CNRS). Para tentar eliminar uma possível fonte de erro
na medição anterior, a equipe internacional de experimentação Ópera utilizou um
novo feixe de prótons para produzir os neutrinos enviados em direção ao
laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália.
"Com
o novo tipo de feixe produzido pelos aceleradores
do Cern (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), fomos capazes de medir com
precisão o tempo de percurso dos neutrinos", explicou Darío Autiero,
cientista do Instituto de Física Nuclear de Lyon (França) e responsável de
análises de medidas da equipe Ópera.
Na nova experiência, iniciada no
final de outubro, vinte neutrinos puderam ser detectados no laboratório de Gran
Sasso, e estas novas medidas "não mudam em nada a conclusão inicial de que
os neutrinos parecem viajar mais rápido do que deveriam, destacou o CNRS.
Em 22 de setembro passado, a
equipe Ópera anunciou que alguns neutrinos haviam percorrido os 730 km
superando ligeiramente (por 6 km/s) a velocidade da luz no espaço (cerca de
300.000 km/s), considerada até o momento um limite insuperável.
"Os vinte neutrinos que
avaliamos forneceram uma precisão comparável aos 15 mil que fundamentaram nossa
medição inicial", assinalou Autiero. Os feixes de prótons utilizados para
produzir os neutrinos eram ultracurtos (três nanosegundos) e estavam espaçados
em 524 nanossegundos, o que permitiu afinar as medições.
Para Autiero, "exames
complementares" e "medições independentes" são necessários antes
que "a anomalia de tempo de voo" dos neutrinos (ou sua velocidade
superior a da luz) possa "ser confirmada ou rejeitada".
O neutrino é muito difícil de se
detectar, porque está desprovido de carga elétrica e atravessa a matéria sem se
deter. Se for confirmada, esta velocidade superior a da luz obrigará a
uma revisão da física atual, incluindo a teoria de Einstein “.
Pronto, era
isto que eu queria trazer para reflexão – no meu modesto entendimento, a cada dia fica evidente que
as respostas dadas às perguntas 90 e 91 do Livro dos Espíritos para Allan
Kardec agora estão no caminho certo para confirmar-se cientificamente aquilo
que já tínhamos notícia e acreditamos naturalmente desde os idos de 1857 quando foi compilado o Livro dos Espíritos. Esperemos mais.
Belo Horizonte,
02/12/2011 – Ricardo Venâncio.
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