E a Flor Nasceu.

Diante da realidade em que vivemos, estamos sempre na expectativa de que algo de extraordinário aconteça para nos amparar ou mesmo consolar. A natureza, traz a presença divina em suas criações, convidando-nos a observar a simplicidade do alvorecer e o nascer de uma flor. Sabe-se que o dia traz em si a esperança da renovação em cada segundo de sua duração. 

Desejar a vida é recomeçar a cada instante, sentir o amor a fortalecer-nos a cada minuto e a solidariedade estabelecer raízes em nosso ser. Todos os dias, somos impelidos a deixar que a razão manifeste em nossas ações e assim vamos atrofiando os sentimentos singelos existentes em cada um de nós. É preciso lavar a alma das amarguras dos ataques e levantar a cabeça para a nova era que se inicia, trazendo como marca a necessidade da pureza de sentimento. 

Ingressamos no mundo eletrônico e as mensagens, podem ser fagulhas de um sentimento que fica escondido apenas na realidade virtual de cada um. 

E a flor onde está? Em sua solidão, procura um solo onde possa manifestar todo seu esplendor e fragrância mostrando a grandeza de DEUS. Onde está este solo capaz de fazer florir a essência divina? Em cada um de nós, uma semente foi plantada no passado, pedindo para que fornecêssemos a matéria prima necessária para o seu crescimento; o AMOR. 

Perdidos no dia a dia, ficamos absortos em afazeres de todas as matizes e esquecemos de regar e arar a terra onde a semente da flor foi plantada pela mão do criador. Momentos existem em que estamos tão próximos de DEUS que é possível perceber a essência surgir nos olhos do jardineiro. Brotar exuberante e bela, como todos queremos, vê-la exalar seu perfume e trazer ao mundo o significado da pureza. Ofereça flores a todos, é singelo, puro e representa esperança! 

E a flor nasceu...hoje, quando o novo ano corre seu destino, vemos que a flor nasceu... em cada um de nós, brilha a esperança de um mundo melhor, onde o homem, modifique sua índole, fazendo a dignidade brotar naqueles que esqueceram de molhar a semente.

Ricardo Venâncio