CEV- 06-07-20
Poder da fé –
A fé religiosa. Condição da fé inabalável – Parábola da figueira seca –
Instruções dos Espíritos: A fé, mãe da esperança e da caridade – A fé divina e
a fé humana.
Item 1
.[2]
Poder da Fé
E, quando chegaram para junto da
multidão, aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse: Senhor,
compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes
cai no fogo, e outras muitas, na água. Apresentei-o a teus discípulos, mas eles
não puderam curá-lo. Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até
quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino.
Então os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: Por
que motivo não pudemos nós expulsá-lo? E ele lhes respondeu: Por causa da
pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um
grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará.
Nada vos será impossível. (Mateus, XVII: 14-20) .[3]
GÊNESE – Cap. X – item – 30
O materialismo pode ver por aí que o
Espiritismo, longe de temer as descobertas da ciência e o seu positivismo, vai
além e os provoca, por ter certeza de que o princípio espiritual, que possui
existência própria, não pode sofrer dano algum.
O Espiritismo marcha no mesmo plano com
o materialismo, sobre o terreno da matéria; admite tudo quanto este admite;
mas, do ponto onde o último para, ele vai além. O espiritismo e o materialismo
são como dois viajantes que caminham juntos partindo do mesmo ponto; chegados a
certa distância, diz um: “Não posso ir mais longe”; o outro continua o seu
caminho e descobre um mundo novo. Por que motivo diz o primeiro que o segundo é
um louco, só porque este, entrevendo novos horizontes, quer franquear o limite
onde convém ao outro parar? [4]
O LIVRO DOS ESPÍRITOS [5]
Cap. VI – A vida no mundo dos
Espíritos [6]
Item IV - Ensaio teórico da sensação
nos Espíritos
O corpo, estando morto, não sente mais
nada, porque não possui Espírito nem perispírito. O Espírito desligado do
corpo, experimenta a sensação, mas como esta não lhe chega por um canal
limitado, torna-se geral. Como o perispírito é apenas um agente de transmissão,
pois é o Espírito que possui a consciência, deduz-se que se pudesse existir
perispírito sem Espírito, ele não
sentiria mais do que um corpo morto. Da mesma maneira, se um Espírito não
tivesse perispírito seria inacessível a todas as sensações penosas: é o que
acontece com Espíritos completamente
purificados. Sabemos que quanto mais o Espírito se purifica, mais eterizada se
torna a essência do perispírito, de maneira que a influência material diminui à
medida que o perispírito se torna menos grosseiro.[7]
[...] Quantos males, quantas
enfermidades o homem deve apenas aos seus excessos, à sua ambição, às suas
paixões, enfim? [...] Os sofrimentos que ele enfrenta são sempre consequências
da maneira porque viveu na Terra. [...] Que quanto mais ele estiver desligado
da influência da matéria, ou seja, quanto mais desmaterializado, menos
sensações penosas sofrerá. Depende dele afastar-se dessa influência, desde esta
vida, pois tem o livre arbítrio e por conseguinte a faculdade de escolha entre
o fazer e o não fazer. Que dome suas paixões animais; que não tenha ódio, nem
inveja, nem ciúme, nem orgulho; que não se deixe dominar pelo egoísmo; que
purifique sua alma, pelos bons sentimentos; que pratique o bem; que não dê as
coisas deste mundo senão a importância que elas merecem; e então, mesmo sob o
seu envoltório corpóreo, já se terá purificado, desprendido da matéria, e
quando o deixar, não sofrerá mais a sua influência. Os sentimentos físicos por
que tiver passado não lhe deixarão
nenhuma lembrança penosa; não lhe restará nenhuma impressão desagradável,
porque estas não afetaram o Espírito, mas apenas o corpo; sentir-se-á feliz por
se ter libertado, e a tranquilidade de sua consciência o afastará de todo
sofrimento moral.[8]
Item – IX – Comemoração dos mortos.
Funerais[9]
Questão 327. O Espírito assiste ao
enterro do corpo que abandonou pela morte?
Resposta: Muito frequentemente. Às
vezes, contudo, não se dá conta do que ocorre, pois que se encontra perturbado.
Cap. VII - Retorno à vida corporal
Questão 337. A união de um Espírito com
certo corpo pode ser compulsória?
Resposta: “Pode no mesmo modo que ao
Espírito reencarnante se poderão impor diversas provas que lhe são necessárias;
principalmente quando ele ainda não é capaz de o fazer por si mesmo. Como
expiação, o Espírito pode ser levado a encarnar no corpo de uma criança que, por
seu nascimento e pela posição que terá no mundo, será, para ele, um meio de
punição.”[10]
Item VII - Influência dos Espíritos nos
acontecimentos da vida
Questão 526. Tendo ação sobre a
matéria, podem os Espíritos provocar determinados efeitos, com o objetivo de
suscitar um acontecimento ? Por exemplo: um homem dever morrer; sobe uma
escada, esta se quebra e ele morre efetivamente. Foram os Espíritos que quebraram
a escada, para que o destino daquele homem se cumprisse?
Resposta: “Os Espíritos realmente têm
influência sobre a matéria; mas a exercem para o cumprimento das leis da
Natureza, nunca para as derrogar, fazendo que se dê, em determinado lugar, um acontecimento
inesperado e contrário a essas leis. No exemplo que escolhestes, a escada se
quebrou porque estava podre, ou não era suficientemente forte para suportar o
peso do homem. Se era destino daquele homem perecer de tal maneira, os
Espíritos lhe inspirariam a ideia de subir a escada em questão, que teria de
quebrar-se com o seu peso, resultando-lhe daí a morte por um efeito natural e
em que para isso fosse necessária a produção de um milagre”.[11]

[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 631.
[2]
Idem, item 1 - p. 631.
[3]
Idem.
[4]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – Cap. X, Gênese Orgânica, item, 30, p. 961.
[5]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Livro dos Espíritos, questão 526, p. 150.
[6]
Idem, p. 98.
[7]
Idem, p. 104.
[8]
Idem, p. 106.
[9]
Idem, p. 116.
[10]
Idem, p. 118.
[11]
Idem, pp. 150-151.
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