CEV- 09-07-20
O necessário
para o Espírito salvar-se. Parábola do bom samaritano. O maior mandamento. A
caridade segundo S. Paulo. Fora da Igreja não há salvação. Fora da verdade não
há salvação. Instruções dos Espíritos: Fora da caridade não há salvação.[2]
“Ainda que eu fale as línguas dos
homens e dos anjos, se não tiver caridade, serei como o bronze que soa ou como
o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os
mistérios e toda ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar
montes, se não tiver caridade, nada serei. E ainda que eu distribua todos os
meus bens entre os pobres, e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser
queimado, se não tiver caridade, nada disso me aproveitará. A caridade é
paciente, é benigna, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não
se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera,
não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a
verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Agora, pois,
permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes: porém a maior
delas é a caridade”. (S. Paulo, I Cor., XIII: 1-7 e 13) .[4]
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO[5]
[...] máxima aclamada, em seu
aparecimento [do Espiritismo], como a luz do futuro, e que logo deu a volta ao
mundo, tornando-se a palavra de ligação de todos quantos veem no Espiritismo
algo mais que um fato material. Por toda parte foi acolhida como o símbolo
da fraternidade universal, como penhor de segurança nas relações sociais, como
a aurora de uma nova era, onde devem extinguir-se os ódios e as dissensões.
Compreende-se tão bem a sua importância, que já se colhem seus frutos; entre os
que a tomaram como regra de conduta, reinam a simpatia e a confiança, que fazem
o encanto da vida social. Em todo Espírita de coração vê-se um irmão com o
qual nos sentimos felizes de encontrar, porque sabemos que aquele que pratica a
caridade não pode fazer nem querer o mal. [...] ela decorre do ensino dos
Espíritos, e eles mesmo a colheram nos do Cristo, onde está escrita com todas
as letras, como pedra angular do edifício cristão [...]. (103, cap.20).
Estes princípios, para mim, não existem
apenas na teoria, pois que os ponho em prática; faço tanto bem quanto o permite
a minha posição; presto serviços quando posso; os pobres nunca foram repelidos
de minha porta, ou tratados com dureza; foram recebidos sempre, a qualquer
hora, com a mesma benevolência; jamais me queixei dos passos que hei dado para
fazer um benefício; pais de família têm saído da prisão, graças aos meus
esforços. [...] (103, cap.27).
[...] a máxima – Fora da caridade não
há salvação – assenta num princípio universal e abre a todos os filhos de
Deus acesso à suprema felicidade [...] consagra o princípio da igualdade
perante Deus e da liberdade de consciência. [...] (105, cap. 15, it. 8).
Somos livres e iguais para sermos
fraternos.[6]
CARIDADE[7]
[..] caridade, aliás, faz da moderação
um dever, mesmo para os que estão contra nós. [...] (103, cap. 18).
[...] A caridade que alivia um mal
presente é uma caridade santa, que encorajo com todas as minhas forças; mas
a caridade que se perpetua nas fundações imortais, destinadas a aliviar as misérias, é a caridade
inteligente [...] (103, cap.21).
A caridade é a alma do Espiritismo;
ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus
semelhantes, razão por que se pode dizer que não há verdadeiro espírita sem
caridade.
O campo da caridade é muito vasto;
compreende duas grandes divisões que, em falta de termos especiais, podem
designar-se pelas expressões caridade beneficente e caridade benevolente.[8]
A caridade é a presença do Cristo.
(219, em vossas artérias).[9]
[...] é o próprio Jesus, de
braços abertos, induzindo-nos à renúncia de nós mesmos para que prevaleça a
Divina Vontade. (286, em louvor a caridade).[10]
DESPERTAR ESPIRITUAL[11]
Todo despertar espiritual é também uma
forma de crise existencial, face à mudança de conceitos e de valores, de
aspirações e vivências que se relacionam com o ser físico, mas também com o
Espírito imortal, produzindo alterações dilaceradoras na primeira fase, a fim
de romper a couraça do ego apaixonado e transmudar o sentimento em relação à
vida perene. (75, despertamento e transformação).[12]
A
Grande Luz está sempre em torno de ti e brilha a partir de ti. Como é
possível que vejas os companheiros escuros em uma luz tal como essa? Se os vês,
é apenas porque estás negando a luz. Mas, em vez disso, nega a eles, pois a luz
está aqui e o caminho é claro.[13]
[...]
a paz jamais será alcançada sem fé, pois o que é dedicado à verdade como
sua única meta é trazido à verdade pela fé. Essa fé abrange todas as pessoas
envolvidas, pois só assim a situação é percebida de modo significativo e
como um todo. [...] Sua saúde ou doença depende inteiramente de como a mente o
percebe e do propósito para o qual a mente quer usá-lo. [...] A concessão
inevitável é a crença segundo a qual o corpo tem que ser curado, não a mente.
[...] Pois Deus não concedeu a cura como algo à parte da doença, nem colocou o
remédio onde a doença não pode estar. [...] Ter fé é curar. É o sinal de
que aceitaste a Expiação para ti mesmo e, portanto, queres compartilhá-la.
Através da fé, ofereceste a dádiva da liberdade em relação ao passado, que tu
recebeste. [...] A fé é o dom de Deus, através Daquele que Deus te deu.
A falta de fé olha para o Filho de Deus e o julga indigno do perdão. Mas
através dos olhos da fé, o Filho de Deus é visto já tendo sido perdoado, livre
de toda a culpa que ele colocou sobre si mesmo.[14]
O
Cristo em ti é muito sereno. Ele olha para o que Ele ama e o conhece como a
Si Mesmo. E assim se regozija com o que vê, porque sabe que tudo o que vê é com
Ele e com Seu Pai.
De
onde mais poderia surgir a tua paz senão do perdão? O Cristo em ti olha só
para a verdade e não vê nenhuma condenação que possa necessitar de perdão. Ele
está em paz porque não vê o pecado. Identifica-te com Ele e o que terá Ele que
tu não tenhas? Ele é os teus olhos, os teus ouvidos, as tuas mãos, os teus
pés. Como são gentis as cenas que Ele vê, os sons que Ele ouve. Como é bela
a Sua mão que segura a mão do Seu irmão e como Ele caminha com amor ao seu
lado, mostrando-lhe o que pode ser visto e ouvido e onde não há nada a ser
visto e nenhum som a ser ouvido.
A
mão de Cristo mantém todos os seus irmãos Nele Mesmo. Ele lhes dá visão
para os seus olhos que não veem e canta o que é do Céu para eles, de modo que
os seus ouvidos não mais possam ouvir o som da batalha e da morte. Estendendo
a Sua mão, Ele alcança outros através deles para que todos possam abençoar
todas as coisas vivas e ver a própria santidade.[15]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 608.
[2]
Idem, p. 608.
[3]
Idem, item 6, p. 611.
[4]
Idem, p. 611.
[5]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, Pp. 387/388.
[6]
Ricardo Venâncio.
[7]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, Pp. 387/107.
[8]
Idem, pp. 107/108.
[9]
Idem, p. 111.
[10]
Idem, p. 112.
[11]
Idem, p. 189.
[12]
Idem, p. 189.
[13]
Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação
Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição
em língua portuguesa, p. 212. A primeira edição foi em 1976 – título original:
A Course in Miracles.
[14]
Idem, pp. 422/424.
[15]
Idem, pp. 544/545.
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