CEV-01-06-20
Cap. XVII – SEDE PERFEITOS. [1]
Caracteres da perfeição – O homem de bem – Os bons
espíritas – Parábola do semeado – Instruções dos Espíritos: O dever – A
virtude – Superiores e inferiores – O Homem no mundo – Cuidar do corpo e do
espírito.
Item
8 – A virtude.[2]
A
virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que
constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são
qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas
falhas morais, que as deslustram e enfraquecem. Aquele que faz alarde de sua
virtude não é virtuoso, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia, e
sobra-lhe o vício mais oposto: o orgulho. A virtude realmente digna desse nome
não gosta de exibir-se. Temos de adivinhá-la, mas ela se esconde na sombra,
foge à admiração das multidões. Vicente de Paulo era virtuoso; o Cura d’Ars era
virtuoso, e muitos outros quase desconhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus.
Todos esses homens de bem ignoravam que fossem virtuosos; deixavam-se ir ao
sabor de suas inspirações e praticavam o bem com desinteresse completo e
inteiro esquecimento de si mesmos.
É
para essa virtude, assim compreendia e praticada, que eu vos convido meus
filhos. Para essa virtude realmente cristã e verdadeiramente espírita, que eu vos
convido a consagrar-vos. Afastai, porém, de vossos corações tudo o que seja
orgulho, vaidade, amor-próprio, que sempre desadornam as mais belas qualidades.
Não imiteis o homem que se apresenta como modelo e trombeteia ele próprio suas
qualidades a todos os ouvidos complacentes. A virtude que assim se ostenta
esconde muitas vezes uma imensidade de pequenas torpezas e de odiosas
covardias.
O
homem que se exalta a si mesmo, que eleva estátuas à sua própria virtude, em
princípio aniquila, por essa única razão, todos os méritos que efetivamente
podia ter. E que direi daquele cujo valor se reduz a parecer o que não é? Quero
admitir que aquele que faz o bem sente no fundo de seu coração uma satisfação
íntima; mas desde que esta se exteriorize para receber elogios, degenera em
amor-próprio.
Oh,
vós todos, a quem a fé espírita reanimou com seus raios, e que sabeis quanto o
homem se encontra longe da perfeição, jamais vos entregueis a essa estultícia!
A virtude é uma graça, que desejo para todos os espíritos sinceros; dir-lhes-ei
entretanto: mais vale menos virtude com modéstia, que muita com orgulho. Pelo
orgulho as humanidades sucessivas se perderam e pela humildade devem ser um dia
redimidas. (François-Nicolas-Madeleine, Paris, 1863).[3]
VIRTUDE.[4]
[...]
Compreendeis o que era virtude que saía de Jesus. Eram fluidos que, por ato de
sua vontade e do seu poder magnético, ele dirigia sobre os doentes e
notadamente sobre os que dele se aproximavam. (182, v. 2).
[...]
Jesus ensinou a virtude como esporte da alma [...]. (267, cap. 2).
[...]
é sempre sublime e imorredoura aquisição do espírito nas estradas da vida,
incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço
próprio. (273, q. 253).
VIRTUDE
CRISTÃ.
[...]
são as únicas riquezas efetivamente nossas, e só elas poderão dar a felicidade
perfeita, nos tabernáculos eternos! (31, Parábola do mordomo infiel).[5]
É
dia de começar a mudar. Se realmente quer seguir com a luz comece por calar-se
diante dos problemas das pessoas – Não julgues. Cale-se.
Respeite
a diversidade do carisma. Muitos estão parados em estágios infantis do
espírito. Seja o exemplo do trabalho honesto e sensato.
Ajude
sempre que alguém precisar. Seja a mão fraterna que ampara. Tenha Jesus no
coração e ame ao irmão.[6]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 620.
[2]
Idem, item 3 - p. 624.
[3]
Idem, p. 624.
[4]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. – 5.imp.
– Brasília: FEB, 2015, pp. 899/900.
[5]
Idem, p. 900.
[6]
Ricardo Venâncio - reflexões
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