CEV-25-02-21
ESE - Cap. XV – FORA DA
CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.[1]
O necessário
para o Espírito salvar-se, Parábola do bom samaritano – O maior mandamento – A caridade
segundo Paulo – Fora da igreja não há salvação – Fora da verdade não há
salvação – Instruções dos Espíritos: Fora da caridade não há salvação.
Itens
10 – Fora da caridade não há salvação.[2]
Meus filhos, na máxima Fora da caridade
não há salvação estão contidos os destinos dos homens na Terra como nos Céus.
Na Terra, porque à sombra dessa bandeira viverão em paz; nos Céus, porque, quem
a houver exercitado, achará a recompensa do Senhor. Esta divisa é o facho
celeste, o luminoso guia amparando o homem no deserto da vida para conduzi-lo à
Terra da Promissão. Ela fulgura no Céu como santa auréola na fonte dos bons, e
na Terra, está gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: “Passai à
direita, benditos de meu Pai”. Haveis de os reconhecer pelo perfume de
caridade que espalham em torno de si. Nada exprime melhor o pensamento de Jesus,
nada melhor resume os deveres do homem do que esta sublime máxima de ordem
divina. O Espiritismo não podia provar melhor a sua origem do que dando-a
como regra de conduta, pois que ela é o reflexo do mais puro Cristianismo.
Com tal guia, o homem não se desgarrará nunca mais. Aplicai-vos pois, meus
amigos, a compreender-lhe o sentido profundo e as consequências, e a buscar-lhe
as aplicações. Submetei os vossos atos ao exame da caridade, e deixai que a
vossa consciência responda. Não somente ela evitará de exercer o mal, com
vos fará praticar o bem, visto que não basta uma virtude negativa, mas é
preciso uma virtude ativa. Para fazer bem há sempre necessidade de ação da vontade; para não fazer mal, basta muitas
vezes a inércia e a negligência.
Amigos, agradecei a Deus, que vos
permitiu pudésseis gozar da luz do Espiritismo, não que somente os que
possuíssem lograssem salvar-se, mas porque, ajudando-vos a melhor compreender
os ensinamentos do Cristo, faz de vós melhores cristãos. Empregai esforços para
que, em se vos vendo, se possa dizer que o verdadeiro espírita e o legítimo
cristão são uma mesma coisa, pois todos os que exercem a caridade são
discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertencem. (Paulo,
apóstolo, Paris, 1860).[3]
FORA
DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.[4]
[...] máxima aclamada, em seu
aparecimento [do Espiritismo], com a luz do futuro, e que logo deu a volta ao
mundo, tornando-se a palavra de ligação de todos quantos veem no Espiritismo
algo mais que um fato material. Por toda parte foi acolhida como o símbolo da
fraternidade universal, como penhor de segurança nas relações sociais, como
aurora de uma nova era, onde devem extinguir-se os ódios e as dissensões.
Compreende-se colhem seus frutos; entre os que a tomaram como regra de conduta,
reinam a simpatia e a confiança, que fazem o encanto da vida social. Em todo
Espírita de coração vê-se um irmão com o qual nos sentimos felizes de encontrar,
porque sabemos que aquele que pratica a caridade não pode fazer nem querer o
mal.
[...] ela decorre do ensino dos
Espíritos, e eles mesmo a colheram nos do Cristo, onde está escrita com todas
as letras, como pedra angular do edifício cristão [...]. (103, cap. 20).
Estes princípios, para mim, não existem
apenas na teoria, pois que os ponho em prática; faço tanto bem quanto permite a
minha posição; presto serviços quando posso; os pobres nunca foram repelidos de
minha porta, ou tratados com dureza; foram recebidos sempre, a qualquer hora,
com a mesma benevolência; jamais me queixei dos passos que hei dado para fazer
um benefício; pais de família tem saído da prisão graças aos meus esforços.
[...] (103, cap. 27).
[...] a máxima – Fora da caridade não
há salvação – assenta num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus
acesso à suprema felicidade [...] consagra o princípio da igualdade perante
Deus e da liberdade de consciência. [...] (105, cap. 15, it. 8).[5]
CARIDADE.[6]
A caridade é a alma do Espiritismo; ela
resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus
semelhantes, razão por que se pode dizer que não há verdadeiro espírita sem
caridade.
[...] a palavra caridade tem uma
acepção muito ampla. Há caridade em pensamentos; em palavras, em
ações; não consiste apenas na esmola. Alguém é caridoso em pensamentos
sendo indulgente para com as faltas do próximo; caridoso em palavras,
nada dizendo eu possa prejudicar a outrem; caridoso em ações quando
assiste o próximo na medida de suas forças. O pobre, que partilha seu naco de
pão com outro mais pobre que ele, é mais caridoso e tem mais mérito aos olhos
de Deus do que aquele que dá o supérfluo, sem nada se privar.[7]
OS
ANJOS SEGUNDO O ESPIRITISMO.[8]
Que
haja seres dotados de todas as qualidades atribuídas aos anjos, não restam
dúvidas. A Revelação Espírita neste ponto confirma a crença de todos os povos,
fazendo-nos conhecer ao mesmo tempo a origem e natureza de tais seres.
As
almas ou Espíritos são criados simples e ignorantes, isto é, sem conhecimento
nem consciência do bem e do mal, porém, aptas para adquirir o que lhes falta. O
trabalho é o meio de aquisição, e o fim – que é a perfeição – é para todos o
mesmo. Conseguem-no mais ou menos prontamente em virtude do livre arbítrio e na
razão direta dos seus esforços; todos têm o s mesmos degraus a franquear, o mesmo trabalho a concluir. Deus não
aquinhoa melhor a uns do que a outros, porquanto é justo, e visto serem todos
Seus filhos, não tem predileções. Ele lhes diz: “Eis a lei que deve
constituir a vossa norma de conduta; ela só pode levar-vos ao fim; tudo que lhe
for contrário é o mal. Tendes inteira liberdade de observar ou infringir esta
lei, e assim sereis os árbitros da vossa própria sorte”.
Conseguintemente, Deus não criou o mal; todas as Suas leis são para o bem, e
foi o homem que criou esse mal divorciando-se dessas leis; se ele as observasse
escrupulosamente, jamais se desviaria do bom caminho.[9]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 608.
[2]
Idem, itens 10 - p. 612.
[3]
Idem.
[4]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, pp. 387/388.
[5]
Idem, pp. 387/388.
[6]
Idem, pp. 107/108.
[7]
Idem, p. 108.
[8]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Céu e o Inferno, p. 736.
[9]
Idem.
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