segunda-feira, 8 de março de 2021

Emprego da riqueza

CEV- 08-03-21

ESE - Cap. XVI – NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON.[1]

Salvação dos ricos – Guardai-vos da avareza – Jesus em casa de Zaqueu – Parábola do mau rico – Parábola dos talentos – Utilidade providencial da fortuna – Provas da riqueza e da miséria – Desigualdade das riquezas – Instruções dos Espíritos: A verdadeira propriedade – Emprego da riqueza – Desprendimento de bens terrenos – Transmissão da riqueza.

 

Itens 12 – Emprego da riqueza.[2]

Quando considero a brevidade da vida, sinto-me dolorosamente dominado pela incessante preocupação de ver que o bem-estar material é o vosso objetivo, ao passo que pouca importância ligais, nem consagrais tempo algum ao vosso aperfeiçoamento moral, que há de ser levado em conta na eternidade. Dir-se-ia, ao ver a atividade que desenvolveis, que ela se alia a uma questão da mais alta relevância par a Humanidade, quando quase sempre se trata apenas de satisfazer a desejos exagerados, à vaidade, ou excessos. Quantas mágoas, insucessos e tormentos provocais, quantas noites em claro, para aumentar uma fortuna as mais das vezes bastante suficiente. Para cúmulo da cegueira, não raro se veem alguns cujo amor imoderado da fortuna e dos gozos que proporciona, os sujeitam a um trabalho exaustivo, mas alardeiam a sua existência dita de sacrifícios e de méritos, como se trabalhassem para os outros, que não para si. Insensatos! Acreditais realmente que vos serão levados em conta os cuidados e esforços movidos pelo egoísmo, cupidez e orgulho, quando descurais os do vosso futuro, bem como os deveres da solidariedade fraternal imposta a todos os que gozam dos favores da vida social? Cuidaste apenas do corpo, do bem-estar, dos prazeres, que constituíram o objeto da vossa solicitude egoística. Pelo que é mortal, olvidastes o Espírito, que sempre viverá! De modo que esse dominador tão amimado e acariciado, converteu-se em tirano, prendendo-vos a alma, escravizando-a. Seria esse o fim da existência que Deus vos concedeu? (Um Espírito protetor, Cracóvia, 1861).

RIQUEZA.[3]

A riqueza quando utilizada de conformidade com a vontade divina, é o mais poderoso recurso para ativar a evolução e o bem-estar da Humanidade [...]. A riqueza é, ainda, o meio que Deus faculta aos seus detentores para que melhor aprendam a discernir o bem do mal e o pratiquem em grande escala, em proveito da coletividade. [...] a riqueza constitui a prova do altruísmo e da caridade [...]. (29, Riquezas).

[...] A única riqueza, em verdade,  que não oferece margem de perigo, é a riqueza espiritual, os tesouros morais que o homem venha adquirir. É a riqueza que se não manifesta, exclusivamente, por meio de cofres recheados, nem de palacetes suntuosos e patrimônios incalculáveis, afrontando a indigência. É a que se traduz na posse, singela e humilde, dos sentimentos elevados. (162, cap. 16).[4]

Somente interpretamos como fortuna real as fontes de amor que nos possam entender a sede justa de estímulo na obra redentora. (248).

 

RIQUEZA INTELECTUAL.[5]

Bezerra estava perfeitamente ciente de que a riqueza intelectual é, depois da virtude, o primeiro dos bens, e que, sob o ponto de vista econômico, é a riqueza mais produtiva, porque cambiável para outros planos da vida. (203, Vida e obra).[6]

 

LIÇÃO 307 – Desejos conflitantes não podem ser a minha vontade.[7]

Pai, a Tua Vontade é a minha e nada mais. Não existe outra vontade que eu possa ter. Que eu não tente fazer outra vontade, pois isso não tem sentido e me causará dor. Só a Tua Vontade pode me trazer felicidade e só a Tua existe. Se eu quero o que só Tu podes dar, tenho que aceitar a Tua Vontade para mim entrar na paz, onde o conflito é impossível,  Teu Filho é um Contigo no que ele é e na sua vontade, e nada contradiz a verdade santa de que eu permaneço tal como me criaste.

E, com essa prece, entramos silenciosamente em um estado onde o conflito não pode vir porque unimos a nossa santa vontade à de Deus, reconhecendo que são a mesma.[8]

 

 



[1] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 612.

[2] Idem, item 12 - pp. 617/618.

[3] O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. – 5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 779.

[4] Idem.

[5] Idem, p. 780.

[6] Idem.LI

[7] Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição em língua portuguesa, p. 477 . A primeira edição foi em 1976 – título original: A Course in Miracles.

 

[8] Idem, p. 477.

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