CEV- 08-03-21
ESE - Cap. XVI – NÃO SE PODE
SERVIR A DEUS E A MAMON.[1]
Salvação dos ricos
– Guardai-vos da avareza – Jesus em casa de Zaqueu – Parábola do mau rico –
Parábola dos talentos – Utilidade providencial da fortuna – Provas da riqueza e
da miséria – Desigualdade das riquezas – Instruções dos Espíritos: A
verdadeira propriedade – Emprego da riqueza – Desprendimento de bens
terrenos – Transmissão da riqueza.
Itens
12 – Emprego da riqueza.[2]
Quando
considero a brevidade da vida, sinto-me dolorosamente dominado pela incessante
preocupação de ver que o bem-estar material é o vosso objetivo, ao passo que
pouca importância ligais, nem consagrais tempo algum ao vosso aperfeiçoamento
moral, que há de ser levado em conta na eternidade. Dir-se-ia, ao ver a atividade
que desenvolveis, que ela se alia a uma questão da mais alta relevância par a
Humanidade, quando quase sempre se trata apenas de satisfazer a desejos
exagerados, à vaidade, ou excessos. Quantas mágoas, insucessos e tormentos
provocais, quantas noites em claro, para aumentar uma fortuna as mais das vezes
bastante suficiente. Para cúmulo da cegueira, não raro se veem alguns cujo amor
imoderado da fortuna e dos gozos que proporciona, os sujeitam a um trabalho
exaustivo, mas alardeiam a sua existência dita de sacrifícios e de méritos, como
se trabalhassem para os outros, que não para si. Insensatos! Acreditais
realmente que vos serão levados em conta os cuidados e esforços movidos pelo
egoísmo, cupidez e orgulho, quando descurais os do vosso futuro, bem como os
deveres da solidariedade fraternal imposta a todos os que gozam dos favores da
vida social? Cuidaste apenas do corpo, do bem-estar, dos prazeres, que constituíram
o objeto da vossa solicitude egoística. Pelo que é mortal, olvidastes o Espírito,
que sempre viverá! De modo que esse dominador tão amimado e acariciado,
converteu-se em tirano, prendendo-vos a alma, escravizando-a. Seria esse o fim
da existência que Deus vos concedeu? (Um Espírito protetor, Cracóvia, 1861).
RIQUEZA.[3]
A
riqueza quando utilizada de conformidade com a vontade divina, é o mais poderoso
recurso para ativar a evolução e o bem-estar da Humanidade [...]. A riqueza é,
ainda, o meio que Deus faculta aos seus detentores para que melhor aprendam a
discernir o bem do mal e o pratiquem em grande escala, em proveito da
coletividade. [...] a riqueza constitui a prova do altruísmo e da caridade
[...]. (29, Riquezas).
[...]
A única riqueza, em verdade, que não
oferece margem de perigo, é a riqueza espiritual, os tesouros morais que o
homem venha adquirir. É a riqueza que se não manifesta, exclusivamente, por
meio de cofres recheados, nem de palacetes suntuosos e patrimônios incalculáveis,
afrontando a indigência. É a que se traduz na posse, singela e humilde, dos
sentimentos elevados. (162, cap. 16).[4]
Somente
interpretamos como fortuna real as fontes de amor que nos possam entender a
sede justa de estímulo na obra redentora. (248).
RIQUEZA
INTELECTUAL.[5]
Bezerra
estava perfeitamente ciente de que a riqueza intelectual é, depois da virtude,
o primeiro dos bens, e que, sob o ponto de vista econômico, é a riqueza mais
produtiva, porque cambiável para outros planos da vida. (203, Vida e obra).[6]
LIÇÃO
307 – Desejos conflitantes não podem ser a minha vontade.[7]
Pai,
a Tua Vontade é a minha e nada mais. Não existe outra vontade que eu possa ter.
Que eu não tente fazer outra vontade, pois isso não tem sentido e me causará
dor. Só a Tua Vontade pode me trazer felicidade e só a Tua existe. Se eu quero
o que só Tu podes dar, tenho que aceitar a Tua Vontade para mim entrar na paz,
onde o conflito é impossível, Teu Filho
é um Contigo no que ele é e na sua vontade, e nada contradiz a verdade santa de
que eu permaneço tal como me criaste.
E,
com essa prece, entramos silenciosamente em um estado onde o conflito não pode
vir porque unimos a nossa santa vontade à de Deus, reconhecendo que são a
mesma.[8]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 612.
[2]
Idem, item 12 - pp. 617/618.
[3]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 779.
[4]
Idem.
[5]
Idem, p. 780.
[6]
Idem.LI
[7]
Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação
Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição
em língua portuguesa, p. 477 . A primeira edição foi em 1976 – título original:
A Course in Miracles.
[8]
Idem, p. 477.
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