CEV- 22-03-21
ESE - Cap. XXVIII – COLETÂNEA
DE PRECES ESPÍRITAS – Item V. PRECES PELOS DOENTES E PELOS OBSEDADOS.[1]
Os Espíritos
disseram invariavelmente: “A forma da prece nada significa, o pensamento é
tudo. Faça cada um a sua prece de acordo com as suas convicções, e da maneira
que mais lhes toque o íntimo. Um bom pensamento vale mais do que grande número
de palavras, com as quais nada tenha de comum o coração.
Itens
77 e 80 – Pelos doentes.[2]
As
doenças pertencem às provas e às vicissitudes da vida terrena. São inerentes à
grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos.
As paixões e os excessos de toda espécie, por sua vez, criam em nossos
organismos condições malsãs, frequentemente transmissíveis pela
hereditariedade. Nos mundos mais avançados, física e moralmente, o organismo
humano, mais depurado e menos material, não será sujeito às mesmas doenças e o
corpo não e surdamente mimado pela devastação das paixões. (Cap. III, nº 9). É
mister, pois, resignarmo-nos a sofrer as consequências do meio em que somos
colocados por nossa inferioridade, até que tenhamos merecido trocá-lo.
Entretanto, isto não nos deve impedir de fazer quanto de nós deprenda para
melhorar nossa posição atual. Mas, se apesar de nossos esforços, não o pudermos
conseguir, ensina-nos o Espiritismo a suportar com resignação os males
passageiros. Se Deus não quisesse que pudéssemos curar ou aliviar os
sofrimentos corporais, em certos casos, não teria colocado meios curativos à
nossa disposição. Sua solicitude previdente, a esse respeito, confirmada pelo
instinto de conservação, mostra que o
nosso dever é procurá-los e aplicá-los. Ao lado da medicação ordinária,
elaborada pela ciência, o magnetismo nos deu a conhecer o poder da ação
fluídica, e depois o Espiritismo veio revelar-nos outra espécie de força,
através da mediunidade curadora e da influência da prece. (Ver Cap. XXVI,
notícia sobre a mediunidade curadora).[3]
Meu
Deus, se vos dignásseis servi-vos de mim, apesar de indigno, eu desejaria
aliviar o sofrimento deste irmão, se essa também for a vossa vontade, pois
tenho fé no vosso amor. Sem o vosso auxílio, porém, nada poderei fazer. Permiti
que os bons Espíritos me envolvam nos seus
fluídos salutares, para que eu os transmita a este enfermo; desviai de mim qualquer
pensamento de orgulho e egoísmo, que lhes pudesse alterar a pureza.[4]
PRECE.[5]
A
prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em
comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um
agradecimento, ou uma glorificação [...] (105, cap. 27, it. 9).[6]
A
prece tem um outro papel importante, que é o de higienização do ambiente
fluídico em que se encontra aquele que ora. No momento em que o precista passa
a receber fluidos de qualidade superior, passa também à condição de repulsor
dos fluídos inferiores do ambiente. Estes fluídos vão sendo progressivamente
substituídos pelos fluidos de qualidade superior, que estão sendo recebidos. A
prece representa, portanto, um benefício para todos os que nos cercam. É como
uma lâmpada que acende e afasta as trevas. (94, pt. 2, cap. 7).[7]
[...]
a prece, considerada do ponto de vista espiritual, é uma emanação dos mais
puros fluidos, por meio do qual amparo e força recebem, mesmo ao seu mau grado,
aqueles a cujo favor é ela feita; que é uma magnetização moral, operando-se a
distância; que, assim sendo, orar é emitir fluidos sutis que, propelidos pela
força da vontade, do amor, vão envolver aquele por quem se ora, fortalecer-lhe
o Espírito e esclarecê-lo. Pela prece, exercemos, de um ponto de vista mais
alto, ação idêntica à que desenvolve o magnetizador sobre um paciente. (193).[8]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, pp. 666 e 690.
[2]
Idem, itens 7 e 8 - p. 690.
[3]
Idem, p.690.
[4]
Idem, p. 692.
[5]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 588.
[6]
Idem, p. 711.
[7]
Idem, p. 713.
[8]
Idem, p. 715.
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