CEV-01-06-20
Cap. XVII – SEDE PERFEITOS – Item
3 – O Homem de Bem
O verdadeiro
homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade,
na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos,
pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que
podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem
qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
Deposita fé
em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a
Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.
Tem fé no
futuro; por isso coloca os bens espirituais acima dos terrenos. Sabe que
todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou
expiações e as aceita sem se queixar.
1.
É bom humano e benevolente,
2.
Respeita as convicções sinceras dos outros,
3.
Toma por guia a caridade,
4.
Não guarda ódio, nem rancor, nem desejos de
vingança,
5.
É indulgente com as fraquezas de outrem,
6.
Não se compraz em rebuscar os defeitos alheios,
7.
Estuda suas próprias imperfeições,
8.
Não busca fazer prevalecer nem o seu espírito,
nem os seus talentos,
9.
Não se envaidece da fortuna, nem de
superioridade pessoal,
10. Usa
mas não abusa dos bens que lhe foram facultados,
11. Usa
sua autoridade para erguer-lhes a moral,
12. Finalmente
respeita nos seus semelhantes todos os direitos concedidos pelas leis da
natureza, como quereria respeitassem os seus.[1]
Ao expor seu pensamento o espírito
vibra e cria formas pensamentos que se atraem e migram para o perispírito. Por
isso é importante o passe.
As vezes não há uma sintonia física,
mas, vibracional e esta é mais forte, pois, as moléculas se intercalam e criam
uma ligação fluídica capaz de sofrer e influenciar as ações.
Dê o exemplo pela disciplina sem ter
medo de ser o exemplo.
Afasta as influências negativas e
personalíssimas.
Os íons transmitem a eletricidade
motora dos órgãos experimentais.
Os espíritos superiores nos respondem
sempre com boas palavras e exemplos.
Não determine para os outros o que não
sabe.
Dê o exemplo com a ação caridosa.
É sutil as ligações perispirítica, mas,
são fortes o suficiente para causar danos à matéria. Por isso é importante a
prece e o passe assim como o Culto Cristão no lar.[2]
O livro dos Espíritos considera que a
Moral reconhece por função ensinar aos seres humanos distinguir o bem do mal,
declarando-a no conhecimento da Lei de Deus, cujos alicerces são amor e
justiça. Esclarece que bem é tudo quanto está de acordo com a Lei e mal o
que dela se afasta, cabendo à inteligência levar a cabo aquela distinção com
base no preceito exponencial de Jesus: só fazer aos outros aquilo que queremos
nos façam eles.[3]
Logo exige-se certo grau de maturidade
espiritual para extrair dos evangelhos a base, o objetivo e os princípios
da moral do Cristo.[4]
Jesus proclamou que o ser humano deve
ter, como finalidade da vida, a busca da perfeição espiritual; isto
exprime a necessidade do esforço pessoal na conquista do autoaperfeiçoamento.
Alcançará a Espiritualidade Superior aquele que cumprir a Lei Divina conforme
está exposta nos evangelhos.[5]
Kardec adverte que “toda moral de
Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes
contrárias ao egoísmo e ao orgulho”, e que “caridade e humildade, tal a senda
única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição”. Dai decorre a máxima
fundamental do Codificador e lema característico do Espiritismo: “Fora da
caridade não há salvação”, o qual
resume todo o ensino evangélico e espírita no que tange à ascensão
espiritual e à felicidade futura.[6]
Mas, o que é caridade? É alma do
Espiritismo; ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para
com os seus semelhantes, razão por que se pode dizer que não há
verdadeiro espírita sem caridade.[7]
Caridade é uma escada de luz, o próximo
é o degrau evolutivo que faculta a ascensão e o auxílio fraternal é ensejo
iluminativo. (76, cap. 47).[8]
1.
Caridade benevolente – a verdadeira caridade
benevolente, a caridade prática, sem a qual a caridade é a palavra vã; é a
caridade do verdadeiro espírita, como o verdadeiro cristão; aquela em à qual
aquele que diz: Fora da caridade não há salvação,
pronuncia sua própria condenação, tanto neste quanto no outro mundo. (103, cap.
23).[9]
2.
Caridade espiritual - aquela que, para ser praticada, não reclama a
existência de coisa alguma que represente valor material entre os homens [...].
(2, cap. 7).[10]
3.
Caridade material – a que se traduz pela
dádiva representativa de alguns desses valores [materiais]. (2, cap. 7) – É
representada pelo alimento, o vestuário, o remédio e outros bens que dependem
do recurso financeiro. (163, cap. 44).[11]
4.
Caridade moral – Consiste em se suportarem
umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde
vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem
saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de
caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma
boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem
pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõe, acima de vós, quando na vida
espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento,
não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar
atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral. (105, cap. 13, it. 9).[12]
GÊNESE – Cap. X – item 4
A química considera elementares um
certo número de substâncias, tais como: oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o
carbono, o cloro, o iodo, o flúor, o enxofre, o fósforo, e todos os metais. Por
sua combinação, eles formam os corpos compostos: os óxidos, os ácidos, os
álcalis, e as inumeráveis variedades que resultam da combinação destes.
A combinação de dois corpos para formar um terceiro exige um concurso
particular de circunstâncias, ou seja um grau determinado de calor, de secura
ou de umidade, o movimento ou o repouso, uma corrente elétrica etc. Se estas
condições não existem, a combinação não se efetua.[13]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 622.
[2]
Panzi, psicografia no ano de 2020 em algum lugar em Bhte.
[3]
RIZZINI, Carlos Toledo, 1921 – Você e a renovação espiritual – Sobradinho, DF:
EDICEL, 1991, p. 34/35.
[4]
Idem, p. 59.
[5]
Idem, p. 62.
[6]
Idem, p. 66.
[7]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 107.
[8]
Idem, p. 109.
[9]
Idem, p. 113.
[10]
Idem.
[11]
Idem.
[12]
Idem, p. 113/114.
[13]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – A Gêneses, p. 955.
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