sábado, 6 de junho de 2020


CEV-04-06-20
ESE -  Cap. V – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS [1]
Justiça das aflições – Causas atuais das aflições – Causas anteriores das aflições – Esquecimento do passado – Motivos de resignação – O suicídio e a loucura – Instruções dos Espíritos: Bem sofrer e mal sofrer – O mal e o remédio – A felicidade não é deste mundo – Perda de pessoas amadas e mortes prematuras – Um homem de bem teria morrido – Os tormentos voluntários – A verdadeira desgraça – A melancolia – Provas voluntárias e verdadeiro cilício – Dever-se-á abreviar a vida de doente sem esperança de cura? – Sacrifício da própria vida – Proveito dos sofrimentos por outrem.
Item 1 – “Bem aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus”. ( Mateus, V: 5, 6 e 10).
Item 2 – “Bem aventurados vós, os pobres porque vosso é o Reino de Deus. Bem aventurados vós, os que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem aventurados vós, os que agora chorais, porque haveis de rir”. (Lucas, VI: 20, 21).
Mas ai de vós, os ricos! Porque tendes a vossa consolação. Ai de vós, os que estai agora fartos, porque vireis a ter fome. Ai de vós os que agora rides, porque haveis de vos lamentar e chora. (Lucas, VI: 24, 25).
Justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais.
A verdadeira justiça não é a que pune por punir; é a que castiga par melhorar. Tal justiça de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Por o terem compreendido assim, foi que os nossos jurisconsultos chegaram a formular estes magníficos axiomas: É imoral toda pena que exceda a gravidade do delito. – É imoral toda pena que transpira vingança, com exclusão da caridade. – É imoral a pena quando, por sua natureza, não tende a fazer que o culpado se emende. (134, 17ª efusão).[2]
O justo é aquele que se esforça por trilhar os caminhos do Senhor e por não sair dele; é o que pratica, em toda a extensão, as virtudes impostas aos homens como condição para chegarem a Deus; é o que pratica a verdadeira caridade; o que se oculta, vela seus atos e palavras, se faz humilde entre os homens e procura mesmo fazer-se humilde no segredo do coração [...]. O justo é aquele que faz o bem sem egoísmo, sem ideia preconcebida, sem esperar o reconhecimento dos beneficiados ou o louvor dos indiferentes e, ainda mais, sem contar com a recompensa que possa obter do Mestre. O justo é aquele que tem fé, forte e tenaz, que não pode ser abalada, que tudo resiste, fé bondosa para com todos, que não se impõe pela força, que se insinua pouco a pouco pelo exemplo e pela prática das boas obras [...]. (256, cap. 150).[3]

GÊNESE – Cap. X – item – 5

Logo que existe combinação, os corpos componentes perdem as suas propriedades características, enquanto o composto, resultante deles, as adquire, novas, diferentes das primeiras. É assim, por exemplo, que o oxigênio e o hidrogênio, que são gases invisíveis, sendo combinados quimicamente, formam a água, que é líquida, sólida ou vaporosa, conforme a temperatura. Praticamente falando, na água não existe mais oxigênio, nem hidrogênio, mas um novo corpo; sendo decomposta esta água, os dois gases, tornados livres, recobram as suas propriedades, e a água deixa de existir. A mesma quantidade d’agua pode ser assim alternadamente decomposta e recomposta, ao infinito.[4]

Suporta as falhas do próximo com paciência, reconhecendo que nós, os espíritos ainda vinculados à Terra, não nos achamos isentos de imperfeições.[5]




[1] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 550.
[2] O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. – 5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 484.
[3] Idem, p. 485.
[4] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – Cap. X, Gênese Orgânica, item, 5, p. 955.
[5] XAVIER, Francisco Cândido, 1910 – X19c – Calma, pelo espírito de Emmanuel – São Bernardo do Campo, SP : Grupo Espírita Emmaneul, 1979, p. 19/20.

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