segunda-feira, 13 de julho de 2020

Parentesco corporal e espiritual


CEV- 13-07-20
ESE -  Cap. XIV – HONRA TEU PAI E A TUA MÃE [1]
Piedade filial – Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? Parentela corpórea e parentela espiritual – Instruções dos Espíritos: A ingratidão dos filhos e os laços de família.
Item 8, Parentesco corporal e espiritual.[2]
Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar seu desenvolvimento intelectual e moral, a fim de o fazer progredir.
Os Espíritos encarnam numa mesma família, sobretudo entre parentes próximos, são muitas vezes Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela afeição durante a vida terrena. Mas pode ainda acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns para com os outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhe serve de provação. Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Donde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se fossem pelo sangue. Podem, pois, atrair-se, procurar-se, tornar-se amigos, enquanto dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, como vemos todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências. (Cap. IV, nº 13).[3]
 Há portanto, duas espécies de famílias: as famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. [...] Foi o que Jesus quis tornar compreensível dizendo de seus discípulos: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos pelos laços do Espírito, pois todo aquele que traz a vontade de meu Pai que está nos Céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.[4]

FAMÍLIA [5]

Há pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já existência atual. [...] (105, cap. 14, it. 8).[6]
Todas as disciplinas referentes ao aprimoramento do cérebro são facilmente encontradas nas universidades da Terra, mas a família é a escola do coração erguendo seres amados à condição de professores do espírito. (292, A escola do coração).[7]

FAMÍLIARES [8]

Os familiares não são escravos de obrigações. São as testemunhas de nossa inaptidão. Por outro lado, são os grandes auxiliares de nosso progresso e, para vivermos em autêntica fraternidade com todos, deveremos ser fraternos com eles também. (100, Amabilidade).[9]

PAENTELA

Os que reencarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. [...] (105, cap. 14, it. 8).[10]
Os parentes são os marcos vivos das primeiras grandes responsabilidades do Espírito encarnado. (217, cap. 19).[11]

VELHAS RECORDAÇÕES, VELHAS DOENÇAS

Trazemos múltiplos clichês mentais arquivados no inconsciente profundo, resultado de velhas recordações danosas herdadas das mais variadas épocas, seja na atualidade, seja em outras existências no passado distante.
Essas fontes emitem, através de mecanismos psíquicos, energias que não nos deixam sair com facilidade do fluxo desses eventos desagradáveis, registrados pelas retinas da alma, mantendo-nos retidos em antigas mágoas e feridas morais entre os fardos da culpa e da vergonha. [...][12]

GÊNESE – Cap. XI – GÊNESE ESPIRITUAL

item – 3 - Princípio Espiritual.[13]

Por outro lado, não poderíamos conceber um Deus soberanamente justo e bom, criando seres inteligentes e sensíveis, para condená-los ao nada depois de alguns dias de sofrimento, sem compensações, satisfazendo-se com a presença dessa sucessão indefinida de seres que nascem sem o solicitarem, que pensam um instante para só conhecerem a dor, e que para sempre se extinguem depois de uma existência efêmera.
Sem a sobrevivência do ser pensante, os sofrimentos da vida seriam da parte de Deus, uma crueldade sem razão de ser. Eis por que o materialismo e o ateísmo são corolários um do outro; negando a causa, não podem admitir o efeito; negando o efeito, não podem admitir a causa. O materialismo é portanto consequente consigo mesmo, se não o é com razão.





[1] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 605.
[2] Idem, item 8 - p. 606.
[3] Idem, pp. 606/607.
[4] Idem, p. 607.
[5] O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. – 5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 352.
[6] Idem, p. 352.
[7] Idem, p. 354.
[8] O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. – 5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 352.
[9] Idem, p. 355.
[10] Idem, p. 660.
[11] Idem.
[12] HAMMED ( Espírito) Renovando Atitudes – Psicografado por Francisco do Espírito Santo Neto – Catanduva, SP : Boa Nova Editora, 1997, p. 217.
[13] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – Cap. XI, Gênese Espiritual, item, 3, p. 961/962.

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