CEV- 17-08-20
ESE - Cap. XVI – NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A
MAMON [1]
Salvação dos
ricos – Guardai-vos da avareza – Jesus em casa de Zaqueu – Parábola do mau rico
– Parábola dos talentos – Utilidade providencial da fortuna – Provas da riqueza
e da miséria – Desigualdades das riquezas – Instruções dos Espíritos: A
verdadeira propriedade – Emprego da riqueza – Desprendimento de bens terrenos –
Transmissão da riqueza.
Item
– 15 – Transmissão da riqueza .[2]
Sendo
o homem depositário da riqueza que Deus lhe permite gozar durante a vida, não
tem o direito de transmiti-la aos seus descendentes?
O
homem pode perfeitamente transmitir depois da morte aquilo que usufruiu durante
a vida, porque o efeito desse desejo está sempre subordinado à vontade de Deus,
que pode, quando quer, impedir aos descendentes esse gozo. Assim é que vedes
desmoronarem-se fortunas que pareciam sólidas. A vontade do homem para
manter a sua fortuna em família é portanto, impotente: o que não lhe tira o
direito de transmitir o empréstimo recebido, pois Deus o retirará quando julgue
oportuno. (São Luís, Paris, 1860).[3]
RIQUEZA.[4]
A
riqueza constitui uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a
miséria. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. É o
laço mais forte que prende o homem à Terra e lhe desvia do céu os pensamentos.
[...] (105, cap. 16, it. 7).
A
riqueza quando utilizada de conformidade com a vontade divina, é o mais
poderoso recurso para ativar a evolução e o bem-estar da Humanidade [...].
A riqueza é, ainda, o meio que Deus faculta aos seus detentores para que melhor aprendam a discernir o bem do
mal e o pratiquem em grande escala, em proveito da coletividade. [...] a
riqueza constitui prova do altruísmo e da caridade [...]. (29, Riquezas).
Riqueza
abençoada é aquela que, obtida no trabalho digno, expande-se, fraternal e
operosamente, criando o trabalho e favorecendo a prosperidade. A que estimula
realizações superiores, nos diversos setores da atividade humana,
convertendo-se em rosas de luz para o Espírito eterno nos divinos jardins do
infinito. Esse tipo de riqueza e essa forma de aplicá-la favorecem a ascensão
do homem, uma vez que, possuindo-a, não é por ela possuído.
A
única riqueza, em verdade, que não oferece margem de perigo, é a riqueza
espiritual, os tesouros morais que o homem venha a adquirir. É a riqueza
que se não manifesta, exclusivamente, por meio de cofres recheados, nem de
palacetes suntuosos e patrimônios incalculáveis, afrontando a indigência. É a
que se traduz na posse singela e humilde, dos sentimentos elevados. (162, cap.
16).[5]
[...]
Fortuna e pobreza são bancas de provas na escola das experiências terrestres.
São continentes da probabilidade. Ambos oferecem horizontes largos e divinas
realizações. [...] (289, cap. 27).[6]
FORTUNA.[7]
O
ouro, na maioria dos casos, é pesada cruz de aflição nos ombros daqueles que o
amealham e a evidência no mundo, frequentemente, não passa de ergástulo em que
a alma padece angustiosa solidão. (243, cap. 9).
O mundo que nós vemos apenas reflete
o nosso próprio referencial interno – as ideias dominantes, desejos e emoções
em nossas mentes. “A projeção faz a percepção” (texto pág. 474). Nós
olhamos antes para dentro, decidimos o tipo de mundo que queremos ver e então
projetamos esse mundo lá fora, fazendo dele a verdade tal como o vemos. Nós
fazemos com que ele seja verdadeiro através de nossas interpretações do que
estamos vendo. Se estamos usando a percepção para justificar nossos próprios
erros – nossa raiva, nossos impulsos para atacar, nossa falta de amor em todas
as formas que pode ter – veremos um mundo de maldade, destruição, malícia,
inveja e desespero. Tudo isso nós precisamos aprender a perdoar, não porque
estamos sendo “bons” e “caridosos”, mas porque o que estamos vendo não é
verdadeiro. Nós distorcemos o mundo pelas nossas defesas tortuosas e estamos
consequentemente vendo o que não existe. À medida que aprendemos a reconhecer
nossos erros de percepção, também aprendemos a olhar para o que está além ou “perdoá-los”.
Ao mesmo tempo, estamos perdoando a nós mesmos, olhando para o que está além de
nossos autoconceitos distorcidos que é o Ser Que Deus criou em nós como nós.
[...] Só as mentes podem se unir na
realidade, e aqueles a quem Deus uniu ninguém pode separar (Texto pág. 378). No
entanto, é só ao nível da Mente do Cristo que a verdadeira união é possível e
essa, de fato, nunca foi perdida. O “pequeno eu” procura se realçar através da
aprovação externa, dos bens externos e do “amor” externo. O Ser Que Deus criou
não precisa de nada. Ele está para sempre completo, a salvo, amado e amoroso.
Procura compartilhar mais do que conquistar, estender mais do que projetar. Ele
não tem necessidade e que unir-se a outros devido à consciência mútua da
abundância.[8]
[...] As defesas são postas de lado porque
onde não há ataque, não há necessidade delas. [...] O perdão é desconhecido no Céu,
onde a sua necessidade seria inconcebível. [...] Tomando conhecimento de Cristo
em todos os nossos irmãos, reconheceremos a Sua Presença em nós mesmos.
Esquecendo todas as nossas percepções equivocadas e sem nada do passado para
nos deter, podemos nos lembrar de Deus. Além deste aprendizado, não podemos ir.
Estamos prontos e o próprio Deus dará o passo final em nossa viagem de volta a
Ele.[9]
GÊNESE – Cap.XI–item,15–Hipótese sobre
a origem do corpo humano.[10]
Da semelhança de formas exteriores
existentes entre o corpo do homem e o do macaco, certos fisiologistas
concluíram que o primeiro era uma transformação do segundo. Isso nada tem de
impossível; nem por essa razão a dignidade humana ficaria rebaixada. Os corpos
dos macacos poderiam muito bem ter prestado para servir de vestes aos primeiros
Espíritos, necessariamente pouco adiantados que vieram encarnar-se na Terra, pois
que essas vestes são mais apropriadas às suas necessidades e ao exercício das
suas faculdades do que o corpo de qualquer outro animal. Assim, ele poderia ter
encontrado vestes prontas, dispensando-se, portanto, de as fazer especialmente.
O uso da pele de macaco não lhe impediria de ser Espírito humano, como o
homem não deixa de ser homem quando alguma vez se reveste da pele de certos
animais.
Fique bem entendido só se tratar aqui
de uma hipótese, que não é absolutamente estabelecida com princípio, mas
apresentada apenas para mostrar que a origem do corpo não prejudica o
Espírito, que é o ser principal, e que a semelhança do corpo do homem com o
do macaco não implica a paridade entre o seu Espírito e o do macaco.[11]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 612.
[2]
Idem, item 15 - p. 620.
[3]
Idem.
[4]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 493.
[5]
Idem, p. 779.
[6]
Idem, p. 780.
[7]
Idem, p. 391.
[8]
Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação
Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição
em língua portuguesa, pp. xix/xx . A primeira edição foi em 1976 – título
original: A Course in Miracles.
[9]
Idem, pp. Xxi/xxii.
[10]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – Cap. XI, Gênese Orgânica, item, 15, p. 964.
[11]
Idem.
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