quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Causas anteriores das aflições.

 

CEV- 17-09-20

ESE -  Cap. V – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS. [1]

Justiça das aflições – Causas atuais das aflições – Causas anteriores das aflições – Esquecimento do passado – Motivos de resignação – O suicídio e a loucura – Instruções dos Espíritos: Bem sofrer e mal sofrer – O mal e o remédio – A felicidade não é deste mundo – Perda de pessoas amadas e mortes prematuras – Um homem de bem teria morrido – Os tormentos voluntários – A verdadeira desgraça – A melancolia – Provas voluntárias e verdadeiro cilício – Deve-se por um termo às provações do próximo? – Dever-se-á abreviar a vida de um doente sem esperança de cura? – Sacrifício da própria vida – Proveito dos sofrimentos por outrem.

 

Item 9 – Causas anteriores das aflições .[2]

Não se deve crer, entretanto, que todo sofrimento padecido aqui seja necessariamente indício de uma determinada falta. Às vezes, trata-se de simples provas escolhidas pelo Espírito para acabar a sua depuração e apressar o seu adiantamento. Assim, a expiação sempre serve de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação. Não obstante, provas e expiações são sempre sinais de inferioridade relativa, pois aquele que é perfeito não precisa de ser provado. Um Espírito pode, portanto, ter conquistado um certo grau de elevação, mas querendo avançar mais, solicita uma missão, uma tarefa, pela qual será tanto mais recompensado, se sair vitorioso, quanto mais penosa se tiver sido a luta. Tais, são, particularmente, essas pessoas de instintos naturalmente bons, de alma elevada, de nobres sentimentos inatos, que parece nada haverem trazido de suas precedentes existências e que sofrem, com resignação, as maiores dores, somente pedindo a Deus que as possam suportar sem murmurar. Pode-se, ao contrário, considerar como expiações as aflições que provocam queixas e impelem a criatura à revolta contra Deus.

Sem dúvida, o sofrimento que não provoca queixumes pode ser uma expiação; porém, denota que foi buscada voluntariamente, antes que imposta, e constitui prova de forte resolução, o que é sinal de progresso.[3]

PERDÃO – A FACE DE CRISTO.[4]

A face de Cristo tem que ser vista antes que a memória de Deus possa voltar. A razão é óbvia. Ver a face de Cristo envolve percepção. Ninguém pode olhar para o conhecimento. Mas a face de Cristo é o grande símbolo do perdão. É a salvação. É o símbolo do mundo real. Quem olha para isso nunca mais vê o mundo. Ele está tão perto do Céu quanto é possível chegar estando ainda do lado de fora, antes da porta. Entretanto, dessa porta para dentro, não falta nada além de um passo. É o passo final. E isso nós deixamos para Deus.[5]

              JESUS – CRISTO.[6]

O nome de Jesus é o nome de alguém que foi um homem, mas viu a face de Cristo em todos os seus irmãos e se lembrou de Deus. Assi ele veio a se identificar com Cristo, já não mais um homem, mas um com Deus. O home era uma ilusão, pois parecia um ser separado, caminhando por si mesmo, dentro de um corpo que aparentava manter o seu ser separado do Ser, como fazem todas as ilusões e as identifique exatamente como são? Jesus continua sendo  um Salvador porque viu o falso, sem aceitá-lo como verdadeiro. E Cristo precisava da sua forma para que pudesse aparecer aos homens e salvá-los de suas próprias ilusões.

Em sua completa identificação com o Cristo – o Filho perfeito de Deus, Sua única criação e Sua felicidade, para sempre como Ele e um com Ele – Jesus veio a ser o que todos vós têm que ser. Ele mostrou o caminho para que o sigas. Ele te conduz de volta a Deus porque viu a estrada diante de si e a seguiu. Ele fez uma distinção clara, ainda obscura para ti, entre o falso e o verdadeiro. Ele te ofereceu uma demonstração final de que é impossível matar o Filho de Deus; também a sua vida não pode ser mudada de forma alguma pelo pecado e pelo mal, a malícia, o medo ou a morte.



[1] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 550.

[2] Idem, item IV - p. .

[3] Idem, p. 552.

[4] Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição em língua portuguesa, Perdão, p. 85. A primeira edição foi em 1976 – título original: A Course in Miracles.

[5], Idem, Esclarecimento de termos, item 4.

[6] Idem, p. 89, item 2 e 3.

Nenhum comentário:

Postar um comentário