CEV- 17-12-20
ESE - Cap. I – NÃO VIM REVOGAR
A LEI.[1]
As três
revelações: Moisés, Cristo, o Espiritismo – Aliança da Ciência com a Religião –
Instruções dos Espíritos: A nova era.
Item
1 e 2 – Não vim revogar a lei - Moisés.[2]
Não
penseis que vim revogar a Lei o os Profetas: não vim para revogar, vim para
cumprir. Por que em verdade vos digo: “ Até que o Céu e a Terra passem, nem um
i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo, se cumpra”. (Mateus, V:
17-18).
Há
duas partes distintas na Lei Mosaica: a Lei de Deus, promulgada sobre o Monte
Sinai, e a lei civil ou disciplinaria, estabelecida por Moisés. Uma é
invariável; a outra é apropriada aos costumes e ao caráter do povo e se
modifica com o tempo.
A
lei de Deus está formulada nos Dez Mandamentos:
I.
Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra
do Egito, da casa da servidão – Não terás deuses estrangeiros diante de mim –
Não farás para ti imagens de esculturas, nem figura alguma de tudo o que há em
cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa que haja nas águas
debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes dará culto.
II.
Não tomarás
nome do Senhor teu Deus em vão.
III.
Lembrar-te de santificar o dia de Sábado.
IV.
Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma
dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.
V.
Não matarás.
VI.
Não fornicarás.
VII.
Não furtarás.
VIII.
Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
IX.
Não desejarás a mulher do teu próximo.
X.
Não cobiçarás a casa de teu próximo, nem o seu
servo, nem sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma
coisa que lhe pertença.
Esta lei é de todos os tempos e de
todos os países e tem, por isso mesmo, caráter divino. Todas as outras são lei
que Moisés decretou, dado que se via obrigado a conter, pelo temor, um povo
turbulento e indisciplinado, no qual tinha de combater arraigados abusos e
preconceitos, adquiridos durante a escravidão do Egito. Para imprimir
autoridade às suas leis, teve de lhes atribuir origem divina, conforme o
fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do homem devia
apoiar-se na autoridade de Deus, pois só a ideia de um Deus terrível poderia
impressionar a homens ignorantes, nos quais o senso moral e o sentimento de uma
justiça estranha eram ainda pouco desenvolvidos. É evidente que, estabelecendo
entre seus mandamentos o “não matarás” e o “não farás mal ao teu próximo”, ele
não podia contradizer-se, fazendo do extermínio um dever. As leis mosaicas, na
parte civil ou disciplinar, tinham, pois, caráter essencialmente transitório.[3]
LEI
DE CAUSA E EFEITO.[4]
[...]
Por meio da pluralidade das existências, ele [o Espiritismo] ensina que os
males e aflições da vida são muitas vezes expiações do passado, bem como que
sofremos na vida presente as consequências das faltas que cometemos em
existência anterior e, assim, até que tenhamos pago a dívida de nossas imperfeições,
pois que as existências são solidárias umas com as outras. (101, cap. 15).
LEI
DIVINAS.[5]
As
leis Divinas são de justiça, indubitavelmente; no entanto, são também de amor e
misericórdia. O senhor não deseja punição do infrator, antes quer o seu reajuste
à ordem, ao dever, para a sua própria felicidade. (78, cap. 4).
A JUSTIÇA DE DEUS.[6]
O Cristo em ti não habita em um
corpo. Entretanto, Ele está em ti. E consequentemente não podes estar dentro de
um corpo. O que está dentro de ti não pode estar fora. E é certo que não podes
estar a parte do que está bem no centro da tua vida. O que te dá vida não pode
estar obrigado na morte. E tu também não podes. Cristo está dentro de uma
moldura de santidade cujo único propósito é que Ele possa se tornar manifesto para
aqueles que não O conhecem, que Ele possa chamara para que venham a Ele e o
vejam ali onde imaginavam que estivessem os seus corpos. Então, os seus corpos
desaparecerão para que eles possam emoldurar a Sua santidade em si mesmos.
Ninguém que carregue Cristo em si
mesmo pode deixar de reconhecê-lo em toda parte. Exceto nos corpos. E enquanto
a pessoa acredita que está em um corpo, onde pensa que está, Ele não pode
estar. E assim O carrega sem saber e não O torna manifesto. E assim não O
reconhece onde Ele está. O filho do homem não é o Cristo ressurgido.
Entretanto, o Filho de Deus habita exatamente onde ele está e caminha com ele
dentro da sua santidade, tão visível quanto o seu especialismo que se demonstra
dentro do seu corpo.
O corpo não necessita de cura.
Mas a mente que pensa ser um corpo está, de fato, doente! E é aqui que Cristo
demonstra o remédio. O Seu propósito envolve o corpo em Sua luz e o preenche
com a santidade que se irradia a partir Dele. E nada do que o corpo diz ou faz
deixa de manifestá-lo. Para aqueles que não O conhecem, o corpo O leva com
gentileza e amor para curar as suas mentes. Tal é a missão que o teu irmão tem
para ti. E tal tem que ser a tua missão para com ele.[7]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 532.
[2]
Idem, itens 1 e 2 - p. 532.
[3]
Idem.
[4]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 498.
[5]
Idem, p. 501.
[6]
Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação
Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição
em língua portuguesa, p. 554. A primeira edição foi em 1976 – título original:
A Course in Miracles.
[7]
Idem.
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