CEV-14-05-20
ESSE – Cap. IV, item 25 –
NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO
A passagem dos Espíritos pela
vida corpórea é necessária, para que eles possam realizar, com ajuda do
elemento material, os desígnios, cuja execução Deus lhes confiou.
ENCARNAÇÃO : Quando um Espírito
tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que
mais não é do que uma e expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o
atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção. À medida que o
gérmen se desenvolve, o laço encurta. Sobre a influência do princípio
vito-material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades da
matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o pode
dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de
certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen chega ao
seu pleno desenvolvimento, completa é a união; nasce então o ser para a vida
exterior. (101, cap.11, it. 18)[1].
OBJETIVO DA ENCARNAÇÃO: O objetivo
fundamental da nossa encarnação é o processo intelecto-moral. Aperfeiçoar a
inteligência e o sentimento constitui o fim último de nossa estada na vida
corpórea.(59, cap. 9)[2].
Espírito em estado de formação –
sempre em progressão contínua, a consciência da vida ativa exterior, da vida de
relação, desenvolvimento intelectual que
a levará aos limites do período preparatório que precede o recebimento do livre
arbítrio, da vida moral, independente e responsável, característica do livre
pensador. (182, v. 1)[3].
LE – Cap. XII, inciso III,
questão nº 913
EGOISMO – Dentre os vícios, qual
o que se pode considerar radical? Temo-lo dito muitas vezes: o egoísmo. Dai
deriva todo o mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos há
egoísmo. Por mais que lhes deis combate, não chegareis a extirpá-los, enquanto
não atacardes o mal pela raiz, enquanto não lhes houverdes destruído a causa.
Tendam, pois, todos os esforços para esse efeito, porquanto aí é que está a
verdadeira chaga da sociedade. Quem quiser, desde esta vida, ir aproximando-se
da perfeição moral, deve expurgar o seu coração de todo sentimento de egoísmo,
visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a caridade. Ele
neutraliza todas as outras qualidades[4].
É o amor exagerado a nós próprios,
cada qual procurando garantir sua felicidade, sem se preocupar com os outros,
havendo alguns, mais atrasados, que pensam obtê-la conduzindo-se abertamente
contra os outros. (31, Parábola dos primeiros lugares)[5].
Herança cruel do primarismo por
onde deambulou o princípio espiritual nas anteriores faixas antropológicas da
evolução, egoísmo predomina em a natureza humana, responsabilizando-se pelos
comportamentos arbitrários e infelizes que postergam o desenvolvimento do
Cristo interno adormecido nos refolhos mais profundo do ser humano[6].
O USO DA CULPA PELO EGO: O ego
tem um propósito, assim como o Espírito. O propósito do ego é o medo, porque só
quem tem medo pode ser egoísta. A lógica do ego é tão impecável quanto a do
Espírito, porque a tua mente tem ao seu dispor os meios para ficar do lado do
Céu ou da Terra, conforme elegeres. No entanto, mais uma vez, lembra-te que
ambos estão em ti.
No Céu não há culpa, porque o Reino é atingido
através da Expiação que te libera para criar. O que é verdadeiramente abençoado
é incapaz de dar origem à culpa e não pode deixar de dar origem à alegria.
A culpa sempre produz uma
ruptura. Qualquer coisa que engendre medo divide, porque obedece a lei da
divisão. Se o ego é o símbolo da separação é também o símbolo da culpa. A culpa
é mais do que apenas algo que não é de Deus[7].
A mente sem culpa não pode
sofrer. Sendo sã, a mente cura o corpo porque ela foi curada. A mente sã não
pode conceber ataque a qualquer pessoa ou qualquer coisa. Eu disse antes que
enfermidade é uma forma mágica. Poderia melhor dizer que é uma forma de solução
mágica. O ego acredita que punindo-se vai atenuar a punição de Deus. O ego não
pode se opor as leis de Deus assim como tu também não podes, mas pode
interpretá-las de acordo com o que quer, assim como tu. Essa a razão pela qual
a questão “O que é que tu queres? Tem que ser respondida. Tu está respondendo a cada minuto e a cada segundo, e
a cada momento de decisão é um julgamento que pode ser tudo, menos em efeito.[8]
[1]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, pp.249/250.
[2]
Idem, p. 250.
[3]
Idem, p. 250.
[4]
LE – Cap. XII, incis III, questão 913, p. 218.
[5]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 242.
[6]
Idem, p. 243.
[7]
Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação
Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição
em língua portuguesa, p. 89. A primeira edição foi em 1976 – título original: A
Course in Miracles.
[8]
Idem, p.90/91.
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