sábado, 6 de junho de 2020


CEV-14-05-20
ESSE – Cap. IV, item 25 – NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO
A passagem dos Espíritos pela vida corpórea é necessária, para que eles possam realizar, com ajuda do elemento material, os desígnios, cuja execução Deus lhes confiou.

ENCARNAÇÃO : Quando um Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma e expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção. À medida que o gérmen se desenvolve, o laço encurta. Sobre a influência do princípio vito-material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o pode dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união; nasce então o ser para a vida exterior. (101, cap.11, it. 18)[1].

OBJETIVO DA ENCARNAÇÃO: O objetivo fundamental da nossa encarnação é o processo intelecto-moral. Aperfeiçoar a inteligência e o sentimento constitui o fim último de nossa estada na vida corpórea.(59, cap. 9)[2].
Espírito em estado de formação – sempre em progressão contínua, a consciência da vida ativa exterior, da vida de relação,  desenvolvimento intelectual que a levará aos limites do período preparatório que precede o recebimento do livre arbítrio, da vida moral, independente e responsável, característica do livre pensador. (182, v. 1)[3].

LE – Cap. XII, inciso III, questão nº 913
EGOISMO – Dentre os vícios, qual o que se pode considerar radical? Temo-lo dito muitas vezes: o egoísmo. Dai deriva todo o mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos há egoísmo. Por mais que lhes deis combate, não chegareis a extirpá-los, enquanto não atacardes o mal pela raiz, enquanto não lhes houverdes destruído a causa. Tendam, pois, todos os esforços para esse efeito, porquanto aí é que está a verdadeira chaga da sociedade. Quem quiser, desde esta vida, ir aproximando-se da perfeição moral, deve expurgar o seu coração de todo sentimento de egoísmo, visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades[4].
É o amor exagerado a nós próprios, cada qual procurando garantir sua felicidade, sem se preocupar com os outros, havendo alguns, mais atrasados, que pensam obtê-la conduzindo-se abertamente contra os outros. (31, Parábola dos primeiros lugares)[5].
Herança cruel do primarismo por onde deambulou o princípio espiritual nas anteriores faixas antropológicas da evolução, egoísmo predomina em a natureza humana, responsabilizando-se pelos comportamentos arbitrários e infelizes que postergam o desenvolvimento do Cristo interno adormecido nos refolhos mais profundo do ser humano[6].

O USO DA CULPA PELO EGO: O ego tem um propósito, assim como o Espírito. O propósito do ego é o medo, porque só quem tem medo pode ser egoísta. A lógica do ego é tão impecável quanto a do Espírito, porque a tua mente tem ao seu dispor os meios para ficar do lado do Céu ou da Terra, conforme elegeres. No entanto, mais uma vez, lembra-te que ambos estão em ti.
 No Céu não há culpa, porque o Reino é atingido através da Expiação que te libera para criar. O que é verdadeiramente abençoado é incapaz de dar origem à culpa e não pode deixar de dar origem à alegria.
A culpa sempre produz uma ruptura. Qualquer coisa que engendre medo divide, porque obedece a lei da divisão. Se o ego é o símbolo da separação é também o símbolo da culpa. A culpa é mais do que apenas algo que não é de Deus[7].
A mente sem culpa não pode sofrer. Sendo sã, a mente cura o corpo porque ela foi curada. A mente sã não pode conceber ataque a qualquer pessoa ou qualquer coisa. Eu disse antes que enfermidade é uma forma mágica. Poderia melhor dizer que é uma forma de solução mágica. O ego acredita que punindo-se vai atenuar a punição de Deus. O ego não pode se opor as leis de Deus assim como tu também não podes, mas pode interpretá-las de acordo com o que quer, assim como tu. Essa a razão pela qual a questão “O que é que tu queres? Tem que ser respondida. Tu está  respondendo a cada minuto e a cada segundo, e a cada momento de decisão é um julgamento que pode ser tudo, menos em efeito.[8]



[1] O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. – 5.imp. – Brasília: FEB, 2015, pp.249/250.
[2] Idem, p. 250.
[3] Idem, p. 250.
[4] LE – Cap. XII, incis III, questão 913, p. 218.
[5] O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. – 5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 242.
[6] Idem, p. 243.
[7] Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição em língua portuguesa, p. 89. A primeira edição foi em 1976 – título original: A Course in Miracles.
[8] Idem, p.90/91.

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