sábado, 6 de junho de 2020


CEV-25-05-2020
ESSE – Cap. XVIII – MUITOS OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS - Item, 10 - Muito se pedirá a quem muito recebeu.

Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade, será punido com muitos açoites. Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação, levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão. (Lucas, XII: 47-48).[1]
Muitos os chamados, pouco os escolhidos, é um tema contundente que leva a todos nós a fazer reflexões sobre nossas vidas, nossas condutas diante das circunstâncias, do que se deve fazer, daqueles que resistem ao chamado dos  avisos que Jesus dava ao povo da época sobre as coisas de Deus.
       Hebreus – os primeiros a serem convidados.
       Profetas – os enviados ultrajados.
       Paulo – O Apóstolo dos Gentios entende o convite.
       Traje nupcial – a pureza do coração refletida no perispírito.
O que é ser escolhido por Deus? Escolhido é a pessoa  que entendeu o chamado de Deus e permitiu que este chamado fosse realizado.
A veste nupcial é um processo de reforma intima, visa ter pureza de coração e praticar a Lei segundo o espírito que sintetiza nas seguintes palavras: fora da caridade não há salvação.
Muito se pedirá a quem muito recebeu:
       Quem conhece os preceitos do Cristo, é certamente culpável por não os praticar.
       Os médiuns que obtêm boas comunicações, mais repreensíveis serão quando persistirem no mal, por que muitas vezes escrevem a sua própria condenação.
       Aos espíritas, muito será pedido, porque muito tem recebido, mas também, aos que houverem aproveitado, muito será dado.
Se ouvires uma narrativa contra alguém, não a repitas; pode não ser verdadeira; ainda que o seja, é mais bondoso nada dizer. Pensa bem antes de falar, a fim de não caíres em inexatidões.
Na vida diária isto implica duas coisas: em primeiro lugar, ter o cuidado de não fazer o mal a nenhum ser vivo, e em segundo, vigiar as oportunidades de prestar auxílio.
A ordem é: o amor contra o ódio; a razão contra o fanatismo; a igualdade contra a prepotência; um por todos e todos por um.
A sabedoria que torna capaz de ajudar, a Vontade que dirige a sabedoria, o Amor que inspira a Vontade – tais são as qualidades requeridas. Vontade, Sabedoria e Amor são os três aspectos necessários para quem deseja alistar-se a ser um dos escolhidos.

GÊNESES, Cap. X – PRIMEIRA FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS, item 1.
Houve tempo em que os animais não existiam; por conseguinte, tiveram começo. Foi aparecendo cada espécie, à medida que o globo adquiria as condições necessárias à sua existência: eis o que é positivo. Como se formaram os primeiros indivíduos de cada espécie? Compreende-se que, existindo um primeiro casal, os indivíduos se multiplicassem; mas donde saiu esse primeiro par? É este um dos mistérios que se predem ao princípio das coisas, e em torno dos quais só podemos formular hipóteses. Se a ciência não pode ainda resolver completamente o problema, ao menos poderá encaminhar-nos.[2]
André Luiz assim expõe:
A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva. Dessa geleia cósmica, verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...[3].
NASCIMENTO DO REINO VEGETAL - Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formando por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, [...] lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando, pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início. Milênios e milênios chegam e passam...[4].
FORMAÇÃO DAS ALGAS – Sustentando pelos recursos da vida que na bactéria e na célula se constituem do líquido protoplásmico, o princípio inteligente nutre-se agora da clorofila, que revela um átomo de magnésio em cada molécula, precedendo a constituição do sangue de que se alimentará no reino animal.[5]
Sucedendo-as, por ordem, emergem as algas verdes de feição pluricelular, com novo núcleo a salientar-se, inaugurando a reprodução sexuada e estabelecendo vigoroso embates nos quais a morte comparece, na esfera de luta, provocando metamorfoses contínuas, que perdurarão, no decurso das eras, em dinamismo profundo, mantendo a edificação das formas porvir.[6]
[...] o reflexo precede o instinto, tanto quanto o instinto precede a atividade refletida, que é base da inteligência nos depósitos do conhecimento adquirido por recapitulação e transmissão incessantes, nos milhares de milênios em que o princípio espiritual atravessa lentamente os círculos elementares da Natureza, qual vaso vivo, de forma em forma, até configurar-se no indivíduo humano, em trânsito para a maturação sublimada no campo angélico [...][7]
[...] acerca do corpo espiritual não podemos esquecer a função preponderante do automatismo e da herança na formação da individualidade responsável, para compreendermos a inexequibilidade de qualquer separação entre Fisiologia e a Psicologia, porquanto ao longo da atração no mineral, da sensação no vegetal e do instinto no animal, vemos a crisálida de consciência construindo as suas faculdades de organização, sensibilidade e inteligência, transformando, gradativamente, toda a atividade nervosa em vida psíquica.

GÊNESE DOS ÓRGÃOS PSICOSSOMÁTICOS – Todos os órgãos do corpo espiritual e, consequentemente, do corpo físico foram, portanto, construídos com lentidão, atendendo-se à necessidade do campo mental em seu condicionamento e exteriorização no meio terrestre.
É assim que o tato nasceu no princípio inteligente, na sua passagem pelas células nucleares em seus impulsos ameboides; que a visão principiou pela sensibilidade do plasma nos flagelados monocelulares expostos ao clarão solar; que olfato começou nos animais aquáticos e expressão mais simples, por excitações do ambiente em que evolviam; que o gosto surgiu nas plantas, muitas delas armadas de pelos viscosos destilando sucos digestivos, e que as primeiras sensações do sexo apareceram com algas marinhas providas não só de células masculinas e femininas que nadam, atraídas umas para as outras, mas também de um esboço de epiderme sensível, que podemos definir como região secundária de simpatias genésicas. [...] a marcha d princípio inteligente para o reino humano e que a viagem da consciência humana para o reino angélico simboliza a expansão multimilenar da criatura de Deus que, por força da Lei Divina, deve merecer, com o trabalho de si mesma, a auréola da imortalidade em pleno Céu.[8]

CONSIDERAÇÕES SOBRE A ORIGEM DO CÂNCER – [...] Não se trata de um microrganismo de fácil identificação pela terminologia acadêmica, pois é um bacilo psíquico, só identificável, por enquanto, no mundo astral, e que se nutre da morbidamente da energia subvertida de um dos próprios elementais primários, criadores da vida física. Esse elemental primitivo e base da coesão das células da estruturação do mundo material, torna-se virulento e inverte os polos de sua ação criadora para destruidora, assim que é irritado em sua natureza e manifestação normal, o que pode acontecer tanto pelo choque de outras forças que fecundam a vida, que operam na intimidade da criação, com pela intervenção violenta, desarmônica e deletéria por parte da mente e da emoção humana.[9]
Através do fenômeno de osmose, o fluido contaminado do elemental alterado absorvido pelo perispírito, e salienta-se como o hóspede indesejável no processo mórbido do vampirismo fluídico que, por lei da vida sideral, precisa ser alijado da vestimenta imortal do espírito, uma vez que se trata de energia nociva, que não pertence à sua circulação normal. No caso da leucemia ou do câncer sanguíneo, esse elemental lodoso, primário e posteriormente  agressivo, circula pela contextura do perispírito, polarizando-se mais fortemente nas contrapartes etéreo-astrais, que são matrizes ajustadas à molécula óssea, ao fígado e ao baço, ensejando perturbações perniciosas ao conhecido processo da hematopoese, ou seja, da formação dos glóbulos de sangue, constituindo a nossos olhos verdadeira “infecção fluídica”.[10]
Nutre-se, fortifica-se em sua virulência quando recebe novo combustível fluídico produzido pelo psiquismo humano durante os estados de ódio, cólera, ciúme, inveja, crueldade, medo, luxuria ou orgulho. Eis por que os médicos modernos têm verificado que as crises dos cancerosos mantem estreita relação com os seus estados psíquicos.[11]
A sua configuração mais comum aderida ao perispirito lembra gigantesca ameba fluídica, que emite tentáculos sob movimentos larvais incessantes... [...] A sua ação é interpenetrante na veste perispiritual e condensa facilmente toda substância mental que, por efeito do mau uso dos dons do espírito, baixa em sua frequência vibratória; também atua fortemente ao nível da emoções descontroladas e interfere principalmente na função do “chacra esplênico”, que é o centro etérico controlador e revitalizante das forças magnéticas que relacionam através do baço. No perispírito, que é a matriz da organização carnal, já se pode observar, então, a caracterização subversiva das células neoplásticas do câncer, cuja proliferação anárquica repercute pouco a pouco em direção ao corpo físico, em concomitância com o fluido pernicioso que opera sub-repticiamente no seu incessante abaixamento vibratório.[12]




[1] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 629.
[2] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – A Gêneses, p. 955.
[3] XAVIER, Francisco Cândido, VIEIRA, Waldo – Evolução em dois mundos - Pelo Espírito André Luiz, 11ª Ed. FEB (Casa Máter do Espiritismo), 1989, p.31.
[4] Idem, p. 32.
[5] Idem, p. 32.
[6] Idem, p. 33.
[7] Idem, p. 39.
[8] Idem, p.40/41. – Pedro Leopoldo 26/01/1958.
[9] MAES, Hercilio, 1913 – Fisiologia da alma, obra mediúnica editada pelo espírito de Ramatis ao médiun  Hercílio Maes; ver. de B. Godoy Paiva. 7. ed. Rio de Janeiro,Feitas Bastos, 1992, p. 303.
[10] Idem, p. 312.
[11] Idem, p. 312.
[12] Idem, p. 313.

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