CEV-25-05-2020
ESSE – Cap. XVIII – MUITOS OS
CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS - Item, 10 - Muito se pedirá a quem muito
recebeu.
Aquele servo,
porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo
a sua vontade, será punido com muitos açoites. Aquele, porém, que não soube a
vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação, levará poucos açoites.
Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito
se confia, muito mais lhe pedirão. (Lucas, XII: 47-48).[1]
Muitos
os chamados, pouco os escolhidos, é um tema contundente que leva a todos nós a
fazer reflexões sobre nossas vidas, nossas condutas diante das circunstâncias,
do que se deve fazer, daqueles que resistem ao chamado dos avisos que Jesus dava ao povo da época sobre
as coisas de Deus.
• Hebreus
– os primeiros a serem convidados.
• Profetas
– os enviados ultrajados.
• Paulo
– O Apóstolo dos Gentios entende o convite.
• Traje
nupcial – a pureza do coração refletida no perispírito.
O que é ser
escolhido por Deus? Escolhido é a
pessoa que entendeu o chamado de Deus e
permitiu que este chamado fosse realizado.
A
veste nupcial é um processo de reforma intima, visa ter pureza de coração e
praticar a Lei segundo o espírito que sintetiza nas seguintes palavras: fora da
caridade não há salvação.
Muito
se pedirá a quem muito recebeu:
•
Quem conhece os preceitos do Cristo, é
certamente culpável por não os praticar.
•
Os médiuns que obtêm boas comunicações,
mais repreensíveis serão quando persistirem no mal, por que muitas vezes
escrevem a sua própria condenação.
•
Aos espíritas, muito será pedido, porque
muito tem recebido, mas também, aos que houverem aproveitado, muito será dado.
Se
ouvires uma narrativa contra alguém, não a repitas; pode não ser verdadeira;
ainda que o seja, é mais bondoso nada dizer. Pensa bem antes de falar, a fim de
não caíres em inexatidões.
Na
vida diária isto implica duas coisas: em primeiro lugar, ter o cuidado de não
fazer o mal a nenhum ser vivo, e em segundo, vigiar as oportunidades de
prestar auxílio.
A
ordem é: o amor contra o ódio; a razão contra o fanatismo; a igualdade contra a
prepotência; um por todos e todos por um.
A
sabedoria que torna capaz de ajudar, a Vontade que dirige a sabedoria, o Amor
que inspira a Vontade – tais são as qualidades requeridas. Vontade,
Sabedoria e Amor são os três aspectos necessários para quem deseja
alistar-se a ser um dos escolhidos.
GÊNESES,
Cap. X – PRIMEIRA FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS, item 1.
Houve
tempo em que os animais não existiam; por conseguinte, tiveram começo. Foi
aparecendo cada espécie, à medida que o globo adquiria as condições necessárias
à sua existência: eis o que é positivo. Como se formaram os primeiros
indivíduos de cada espécie? Compreende-se que, existindo um primeiro casal, os
indivíduos se multiplicassem; mas donde saiu esse primeiro par? É este um dos
mistérios que se predem ao princípio das coisas, e em torno dos quais só
podemos formular hipóteses. Se a ciência não pode ainda resolver completamente
o problema, ao menos poderá encaminhar-nos.[2]
André
Luiz assim expõe:
A
imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida
e, sob o impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos
o seio da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa
viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva. Dessa geleia cósmica,
verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...[3].
NASCIMENTO
DO REINO VEGETAL - Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da
existência, formando por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima
adequado aos princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, [...] lavrando os
minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos,
plasmando, pela reprodução assexuada, as células primevas, que se
responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início. Milênios e
milênios chegam e passam...[4].
FORMAÇÃO
DAS ALGAS – Sustentando pelos recursos da vida que na bactéria e na célula se
constituem do líquido protoplásmico, o princípio inteligente nutre-se agora
da clorofila, que revela um átomo de magnésio em cada molécula, precedendo a
constituição do sangue de que se alimentará no reino animal.[5]
Sucedendo-as,
por ordem, emergem as algas verdes de feição pluricelular, com novo núcleo a
salientar-se, inaugurando a reprodução sexuada e estabelecendo vigoroso embates
nos quais a morte comparece, na esfera de luta, provocando metamorfoses
contínuas, que perdurarão, no decurso das eras, em dinamismo profundo,
mantendo a edificação das formas porvir.[6]
[...]
o reflexo precede o instinto, tanto quanto o instinto precede a atividade
refletida, que é base da inteligência nos depósitos do conhecimento adquirido
por recapitulação e transmissão incessantes, nos milhares de milênios em que o
princípio espiritual atravessa lentamente os círculos elementares da Natureza,
qual vaso vivo, de forma em forma, até configurar-se no indivíduo humano, em
trânsito para a maturação sublimada no campo angélico [...][7]
[...]
acerca do corpo espiritual não podemos esquecer a função preponderante do
automatismo e da herança na formação da individualidade responsável, para
compreendermos a inexequibilidade de qualquer separação entre Fisiologia e a
Psicologia, porquanto ao longo da atração no mineral, da sensação no vegetal
e do instinto no animal, vemos a crisálida de consciência construindo as
suas faculdades de organização, sensibilidade e inteligência, transformando,
gradativamente, toda a atividade nervosa em vida psíquica.
GÊNESE
DOS ÓRGÃOS PSICOSSOMÁTICOS – Todos os órgãos do corpo espiritual e,
consequentemente, do corpo físico foram, portanto, construídos com lentidão,
atendendo-se à necessidade do campo mental em seu condicionamento e
exteriorização no meio terrestre.
É
assim que o tato nasceu no princípio inteligente, na sua passagem pelas
células nucleares em seus impulsos ameboides; que a visão principiou
pela sensibilidade do plasma nos flagelados monocelulares expostos ao clarão
solar; que olfato começou nos animais aquáticos e expressão mais
simples, por excitações do ambiente em que evolviam; que o gosto surgiu
nas plantas, muitas delas armadas de pelos viscosos destilando sucos
digestivos, e que as primeiras sensações do sexo apareceram com algas
marinhas providas não só de células masculinas e femininas que nadam, atraídas
umas para as outras, mas também de um esboço de epiderme sensível, que podemos
definir como região secundária de simpatias genésicas. [...] a marcha d
princípio inteligente para o reino humano e que a viagem da consciência
humana para o reino angélico simboliza a expansão multimilenar da
criatura de Deus que, por força da Lei Divina, deve merecer, com o trabalho de
si mesma, a auréola da imortalidade em pleno Céu.[8]
CONSIDERAÇÕES
SOBRE A ORIGEM DO CÂNCER – [...] Não se trata de um microrganismo de fácil
identificação pela terminologia acadêmica, pois é um bacilo psíquico, só
identificável, por enquanto, no mundo astral, e que se nutre da morbidamente da
energia subvertida de um dos próprios elementais primários, criadores da vida
física. Esse elemental primitivo e base da coesão das células da estruturação
do mundo material, torna-se virulento e inverte os polos de sua ação
criadora para destruidora, assim que é irritado em sua natureza e
manifestação normal, o que pode acontecer tanto pelo choque de outras forças
que fecundam a vida, que operam na intimidade da criação, com pela intervenção
violenta, desarmônica e deletéria por parte da mente e da emoção humana.[9]
Através
do fenômeno de osmose, o fluido contaminado do elemental alterado absorvido
pelo perispírito, e salienta-se como o hóspede indesejável no processo mórbido
do vampirismo fluídico que, por lei da vida sideral, precisa ser alijado da
vestimenta imortal do espírito, uma vez que se trata de energia nociva, que não
pertence à sua circulação normal. No caso da leucemia ou do câncer
sanguíneo, esse elemental lodoso, primário e posteriormente agressivo, circula pela contextura do
perispírito, polarizando-se mais fortemente nas contrapartes etéreo-astrais,
que são matrizes ajustadas à molécula óssea, ao fígado e ao baço, ensejando
perturbações perniciosas ao conhecido processo da hematopoese, ou seja, da
formação dos glóbulos de sangue, constituindo a nossos olhos verdadeira “infecção
fluídica”.[10]
Nutre-se,
fortifica-se em sua virulência quando recebe novo combustível fluídico
produzido pelo psiquismo humano durante os estados de ódio, cólera, ciúme,
inveja, crueldade, medo, luxuria ou orgulho. Eis por que os médicos
modernos têm verificado que as crises dos cancerosos mantem estreita relação
com os seus estados psíquicos.[11]
A
sua configuração mais comum aderida ao perispirito lembra gigantesca ameba
fluídica, que emite tentáculos sob movimentos larvais incessantes... [...] A
sua ação é interpenetrante na veste perispiritual e condensa facilmente toda substância
mental que, por efeito do mau uso dos dons do espírito, baixa em sua
frequência vibratória; também atua fortemente ao nível da emoções
descontroladas e interfere principalmente na função do “chacra esplênico”,
que é o centro etérico controlador e revitalizante das forças magnéticas que
relacionam através do baço. No perispírito, que é a matriz da organização
carnal, já se pode observar, então, a caracterização subversiva das células
neoplásticas do câncer, cuja proliferação anárquica repercute pouco a pouco
em direção ao corpo físico, em concomitância com o fluido pernicioso que opera
sub-repticiamente no seu incessante abaixamento vibratório.[12]
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 629.
[2]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – A Gêneses, p. 955.
[3]
XAVIER, Francisco Cândido, VIEIRA, Waldo – Evolução em dois mundos - Pelo
Espírito André Luiz, 11ª Ed. FEB (Casa Máter do Espiritismo), 1989, p.31.
[4]
Idem, p. 32.
[5]
Idem, p. 32.
[6]
Idem, p. 33.
[7]
Idem, p. 39.
[8]
Idem, p.40/41. – Pedro Leopoldo 26/01/1958.
[9]
MAES, Hercilio, 1913 – Fisiologia da alma, obra mediúnica editada pelo espírito
de Ramatis ao médiun Hercílio Maes; ver.
de B. Godoy Paiva. 7. ed. Rio de Janeiro,Feitas Bastos, 1992, p. 303.
[10]
Idem, p. 312.
[11]
Idem, p. 312.
[12]
Idem, p. 313.
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