quinta-feira, 30 de julho de 2020

Fora da caridade não há salvação


CEV- 30-07-20
ESE -  Cap. XV – FORA DA CARIDADE  NÃO HÁ SALVAÇÃO [1]
O necessário para o Espírito salvar-se. Parábola do bom samaritano – O maior mandamento – A caridade segundo S. Paulo – Fora da Igreja não há salvação. Fora da verdade não há salvação. Instruções dos Espíritos: Fora da caridade não há salvação.
Item – 10 – Fora da caridade não há salvação .[2]
Meus filhos, na máxima Fora da caridade não há salvação estão contidos os destinos dos homens na Terra como nos Céus. Na Terra, porque à sombra dessa bandeira viverão em paz; nos Céus, porque, quem a houver exercitado, achará a recompensa do Senhor. Esta divisa é o facho celeste, o luminoso guia amparando o homem no deserto da vida para conduzi-lo à Terra da Promissão. Ela fulgura no Céu como santa auréola na fonte dos bons, e na Terra, está gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: “Passai à direita, benditos de meu Pai”. Haveis de os reconhecer pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. Nada exprime melhor o pensamento de Jesus, nada melhor resume os deveres do homem do que esta sublime máxima de ordem divina. O Espiritismo não podia provar melhor a sua origem do que dando-a como regra de conduta, pois que ela é o reflexo do mais puro Cristianismo. Com tal guia, o homem não se desgarrará nunca mais. Aplicai-vos pois, meus amigos, a compreender-lhe o sentido profundo e as consequências, e a buscar-lhe as aplicações. Submetei os vossos atos ao exame da caridade, e deixai que a vossa consciência responda. Não somente ela evitará de exercer o mal, com vos fará praticar o bem, visto que não basta uma virtude negativa, mas é preciso uma virtude ativa. Para fazer bem há sempre necessidade de ação  da vontade; para não fazer mal, basta muitas vezes a inércia e a negligência.
Amigos, agradecei a Deus, que vos permitiu pudésseis gozar da luz do Espiritismo, não que somente os que possuíssem lograssem salvar-se, mas porque, ajudando-vos a melhor compreender os ensinamentos do Cristo, faz de vós melhores cristãos. Empregai esforços para que, em se vos vendo, se possa dizer que o verdadeiro espírita e o legítimo cristão são uma mesma coisa, pois todos os que exercem a caridade são discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertencem. (Paulo, apóstolo, Paris, 1860).[3]

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.[4]
[...] máxima aclamada, em seu aparecimento [do Espiritismo], com a luz do futuro, e que logo deu a volta ao mundo, tornando-se a palavra de ligação de todos quantos veem no Espiritismo algo mais que um fato material. Por toda parte foi acolhida como o símbolo da fraternidade universal, como penhor de segurança nas relações sociais, como aurora de uma nova era, onde devem extinguir-se os ódios e as dissensões. Compreende-se colhem seus frutos; entre os que a tomaram como regra de conduta, reinam a simpatia e a confiança, que fazem o encanto da vida social. Em todo Espírita de coração vê-se um irmão com o qual nos sentimos felizes de encontrar, porque sabemos que aquele que pratica a caridade não pode fazer nem querer o mal.
[...] ela decorre do ensino dos Espíritos, e eles mesmo a colheram nos do Cristo, onde está escrita com todas as letras, como pedra angular do edifício cristão [...]. (103, cap. 20).
Estes princípios, para mim, não existem apenas na teoria, pois que os ponho em prática; faço tanto bem quanto permite a minha posição; presto serviços quando posso; os pobres nunca foram repelidos de minha porta, ou tratados com dureza; foram recebidos sempre, a qualquer hora, com a mesma benevolência; jamais me queixei dos passos que hei dado para fazer um benefício; pais de família tem saído da prisão graças aos meus esforços. [...] (103, cap. 27).
[...] a máxima – Fora da caridade não há salvação – assenta num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade [...] consagra o princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência. [...] (105, cap. 15, it. 8).[5]
CARIDADE.[6]
A caridade é a alma do Espiritismo; ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes, razão por que se pode dizer que não há verdadeiro espírita sem caridade.
[...] a palavra caridade tem uma acepção muito ampla. Há caridade em pensamentos; em palavras, em ações; não consiste apenas na esmola. Alguém é caridoso em pensamentos sendo indulgente para com as faltas do próximo; caridoso em palavras, nada dizendo eu possa prejudicar a outrem; caridoso em ações quando assiste o próximo na medida de suas forças. O pobre, que partilha seu naco de pão com outro mais pobre que ele, é mais caridoso e tem mais mérito aos olhos de Deus do que aquele que dá o supérfluo, sem nada se privar.[7]

GÊNESE – Cap. XI – item – 8.[8]

Ao mesmo tempo que Deus criou, de toda a eternidade, mundos materiais, criou eternamente seres espirituais; sem o que, os mundos materiais não teriam razão de existir. Conceberíamos melhor os seres espirituais sem os mundos materiais que devem fornecer aos seres espirituais elementos de atividade para o desenvolvimento da sua inteligência.



[1] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 608.
[2] Idem, item 10 - p. 612.
[3] Idem.
[4] O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. – 5.imp. – Brasília: FEB, 2015, pp. 387/388.
[5] Idem, pp. 387/388.
[6] Idem, pp. 107/108.
[7] Idem, p. 108.
[8] O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora Ltda – SP – Cap. XI, Gênese Orgânica, item, 8, p. 962.

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