CEV- 15-03-21
ESE - Cap. XIII – QUE A MÃO
ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREITA.[1]
Fazer o bem
sem ostentação – Os infortúnios ocultos – O óbolo da viúva – Convidar os pobres
e estropiados – Obsequiar sem esperar retribuição – Instruções dos Espíritos: A
caridade material e a caridade moral – A beneficência – A piedade – Os
órfãos – Benefícios pagos com ingratidão – Beneficência exclusiva.
Itens
18 – Os órfãos.[2]
Meus
filhos, amai os órfãos. Se soubésseis como é triste ser só e abandonado,
sobretudo em tenra idade! Deus permite que haja órfãos para nos induzir a lhes
servirmos de pais. Que divina caridade é ajudar uma pobre criancinha
abandonada, impedindo-a de padecer fome e frio, dirigindo-lhe a alma a fim de
não se precipitar no vício! ? Quem estende a mão a criança abandonada, agrada a
Deus por compreender e praticar a Sua lei. Imaginai também que, às vezes, a
criança que socorreis pode ter-vos sido cara em outra encarnação; mas se
pudésseis recordá-lo, não seria isso mais caridade, senão um dever. Assim,
pois, meus amigos, todos os seres sofredores são vossos irmãos, com direito a
vossa caridade, não dessa caridade que fere o coração, nem da esmola que escalda
a mão em que dependes, pois os vossos óbulos são por vezes bem amargos. Quantas
vezes não seriam eles recusados, se a enfermidade e a situação premente não
aguardasse! Daí delicadamente, e acrescentai à dádiva a mais preciosa de todas;
uma doce palavra, uma carícia, um sorriso amigo. Evitai esse ar de proteção,
que resolve o punhal em corações que sangram, e lembra-vos de que, fazendo o
bem trabalhais por vós e pelos vossos. (Um espírito familiar, Paris, 1860).[3]
ORFANDADE.[4]
A
orfandade caracteriza-se pela privação de assistência, pela ausência de todo o
interesse, em suma, pelo abandono em que a criança se encontre, e não
propriamente pela perda dos pais. Existem órfãos cujos pais vivem ainda, e há
crianças que jamais passaram pelo duro transe da orfandade, a despeito de não haverem
conhecido seus pais. (222, O problema da orfandade).
Órfã,
a nosso ver, não é precisamente a criança que perdeu os pais, ambos ou um
deles. Órfã é a criança sem lar, portanto, sem carinhos, pela qual não há quem
se interesse, entregue aos azares dos imprevistos, estejam ou não contados no
número dos chamados vivos os genitores. (223, cap. 32).
A
dificuldade não está na carestia de lares, mas na esterilidade dos corações. A
orfandade é um dos crimes do egoísmo. Se distribuíssemos os órfãos todos deste
mundo entre as famílias constituídas, não tocaria, talvez, uma criança para
cada grupo de cinquenta habitantes. [...] (223, cap. 32).
A
RESPOSTA SILENCIOSA.[5]
Em
quietude todas as coisas são respondidas e todos os problemas serenamente
resolvidos. Em conflito, não pode haver resposta nem resolução, pois o
propósito do conflito é fazer com que a solução não seja possível e assegurar
que nenhuma resposta seja simples. Um problema estabelecido no conflito não tem
resposta, pois é visto de formas diferentes. E o que seria uma resposta de um
ponto de vista, não é uma resposta em uma luz diferente. Tu estás em conflito.
Assim, tem que ficar claro que não podes responder a coisa alguma, pois o
conflito não tem efeitos limitados. Entretanto, se Deus deu uma resposta, necessariamente
existe um caminho no qual os teus problemas estão resolvidos, pois o que é
Vontade de Deus já foi feito.
[1]
O LIVRO DE ALLAN KARDEC – toda obra editada em um único volume – Opus Editora
Ltda – SP – O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 595.
[2]
Idem, item 18 - p. 604.
[3]
Idem.
[4]
O Espiritismo de A a Z/Coordenação de Geraldo Campetti Sobrinho, - 4ª.ed. –
5.imp. – Brasília: FEB, 2015, p. 643.
[5]
Um Curso em Milagres, Fundação Para Paz Interior – Instituto de Educação
Espiritual – C. Postal 34047 – 22462-970 – Rio de Janeiro, RJ, 1994 – da edição
em língua portuguesa, pp. 616/617. A primeira edição foi em 1976 – título
original: A Course in Miracles.
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